Tesis
Resistências territoriais e práticas decoloniais : experiência do Quintal da Aldeia em Pirenópolis – GO
Fecha
2022-09-08Registro en:
MARINHO, Nayara Sousa. Resistências territoriais e práticas decoloniais: experiência do Quintal da Aldeia em Pirenópolis – GO. 2022. 130 f., il. Dissertação (Mestrado em Geografia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Autor
Marinho, Nayara Sousa
Institución
Resumen
Pirenópolis, é um município brasileiro localizado ao leste de Goiás. A história de sua
formação urbana, fundada como Minas de Nossa Senhora de Meia-Ponte em 1727, originou
dos aglomerados mineradores das explorações territoriais dos Bandeirantes, sertanistas do
período colonial e onde a ordenação territorial esteve centrada na representação do poder da
igreja católica. O fluxo das migrações inter-regionais e o tombamento do conjunto
arquitetônico, urbanístico e paisagístico do Centro Histórico em 1988 pelo Iphan, e as
festividades como a Festa do Divino, as Cavalhadas e os Mascarados contribuíram para o
fortalecimento das práticas culturais. Para além do Centro Histórico, a experiência no Quintal
da Aldeia no bairro Alto do Bonfim, centro de revitalização dos saberes e fazeres locais,
sujeitos e grupos subalternos apropriam-se do espaço para práticas cotidianas. O objetivo
desse estudo é analisar a experiência no Quintal da Aldeia no uso e apropriação do espaço
urbano para compreender as marcas da resistência e a manutenção da colonialidade do poder,
assim como identificar qual tessitura compõe-se a partir da rede cultural na subalternidade,
assim compreender a produção do espaço urbano em Pirenópolis sob o viés das lógicas de uso
e apropriação do espaço. O percurso metodológico adotado envolve a realização de pesquisa
de campo, entrevista semi-estruturada, observação não participante e o diário de campo. Os
resultados indicam o Quintal da Aldeia, enquanto território em resistência, por meio das
práticas e formas de uso do espaço urbano e da interação dos atores sociais, configuram-se
como práticas decoloniais que corroboram para o fortalecimento da comunidade e das
identidades locais e não pertencentes ao patrimônio institucionalizado.