Tesis
Os efeitos do atraso dos reforços sobre a ressurgência
Fecha
2018-01-08Registro en:
MACEDO, Rafael Peres. Os efeitos do atraso dos reforços sobre a ressurgência. 2018. x, 51 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências do Comportamento)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Autor
Macedo, Rafael Peres
Institución
Resumen
Os efeitos do atraso dos reforços sobre a ressurgência foram avaliados em quatro experimentos com ratas. No Experimento 1, na fase de Treino, a resposta alvo foi mantida sob um esquema múltiplo com dois componentes. No componente imediato, o esquema em vigor foi um tandem intervalo variável (VI) reforçamento diferencial de baixas taxas (DRL); no componente com atraso o esquema em vigor foi um tandem VI tempo fixo (FT). A taxa de reforços e de respostas (variáveis que afetam a ressurgência) foram semelhantes entre os componentes nessa fase. Na fase de Eliminação, em ambos os componentes, extinção esteve em vigor para a resposta alvo e uma resposta alternativa foi mantida sob esquemas VI iguais. Na fase de Teste, extinção esteve em vigor para ambas as respostas, em ambos os componentes. Não houve ressurgência em ambos os componentes na fase de Teste. No Experimento 2 o procedimento foi igual aquele utilizado no Experimento 1, exceto que a taxa de respostas foi diferente entre os componentes na fase de Treino. Para três de quatro ratas, a ressurgência foi maior no componente imediato do que no componente com atraso. No entanto, a magnitude do efeito foi, em geral, baixa nesse experimento. Os Experimentos 3 e 4 foram conduzidos para tentar produzir ressurgência de maior magnitude e, assim, poder avaliar mais precisamente os efeitos do atraso dos reforços sobre a ressurgência. No Experimento 3 utilizamos um procedimento modificado (intrassessão), onde as fases de Treino e Eliminação ocorriam na mesma sessão (os outros aspectos gerais do procedimento foram como no Experimento 2). Nesse experimento, a magnitude do efeito foi maior do que aquela observada no Experimento 2 e, para cada rata, houve mais ressurgência no componente imediato comparado ao componente com atraso. No entanto, a taxa de respostas alvo foi sempre maior, na fase de Teste, em momentos da sessão que correspondiam à fase de Treino. Assim, controle temporal sobre a taxa de respostas alvo no início da fase de Teste não pode ser eliminado como uma variável de controle nesse experimento. Para tentar eliminar o controle temporal, no Experimento 4 o procedimento do Experimento 3 foi utilizado, exceto que a fase de Teste tinha início ao final da última sessão das fases de Treino e Eliminação. Ressurgência de maior magnitude no componente imediato foi observada para duas de quatro ratas mas, como no Experimento 3, controle temporal sobre a taxa de respostas alvo na fase de Teste foi observado. Em geral, no presente estudo, ressurgência de maior magnitude foi obtida no componente imediato do que no componente com atraso. Limitações do procedimento dos presentes experimentos e sugestões para o refinamento do procedimento para o estudo dos efeitos do atraso dos reforços sobre a ressurgência são discutidos.