Tesis
Omissão ou enfrentamento silencioso? : a política externa do governo Ernersto Geisel (1974 – 1979) e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos
Fecha
2021-07-17Registro en:
LEAL, Juliana Brito Santana. Omissão ou enfrentamento silencioso?: a política externa do governo Ernersto Geisel (1974 – 1979) e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. 2021. 102 f., il. Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Autor
Leal, Juliana Brito Santana
Institución
Resumen
Na década de 70, o mundo viu emergir com proeminência a narrativa
em torno da proteção dos direitos humanos. Enquanto isso, o Brasil avançava na direção
contrária: institucionalizava mecanismos de supressão desses direitos e fomentava a repressão
aos opositores ao regime. É mediante a necessidade de se defender perante as acusações
que sofria no sistema interamericano que Ernesto Geisel e seu chanceler, Azeredo da Silveira,
aprimoram as estratégias de enfrentamento aos organismos internacionais. O objetivo desta
dissertação é contrastar a narrativa e a prática diplomática silenciosa quando em risco de
exposição internacional dos casos de violações de direitos humanos no Brasil. Todas as
estratégias de enfrentamento encontradas nos documentos oficiais evidenciam que o Ministério
das Relações Exteriores (MRE) se preocupava com a expansão da visibilidade que a agenda
de direitos humanos poderia vir a adquirir no sistema internacional e, como consequência, com
os impactos negativos na política doméstica. Como metodologia, este trabalho utiliza-se da
análise primária de arquivos históricos inéditos do MRE, triangulados com a revisão
bibliográfica do período em questão. Assim, tecerá suas considerações finais ao contrastar o
discurso e a prática diplomática na agenda de direitos humanos da política externa do
chamado Pragmatismo Ecumênico e Responsável.