Tesis
Fitossíntese de nanopartículas de prata por Ilexparaguaríensis : propriedades físico-químicas e bioatividades
Fecha
2019-10-17Registro en:
SILVEIRA, Ariane Pandolfo. Fitossíntese de nanopartículas de prata por Ilexparaguaríensis: propriedades físico-químicas e bioatividades. 2019. 107 f., il. Tese (Doutorado em Nanociência e Nanobiotecnologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Autor
Silveira, Ariane Pandolfo
Institución
Resumen
O método de fitossíntese (síntese via plantas) permite que os metabólitos secundários presentes em uma planta atuem simultaneamente como agente redutor dos íons metálicos e estabilizante de nanopartículas de prata (AgNPs). Neste estudo, sete extratos de Ilex paraguaríensis, advindos das fitorregiões A, B e C, respectivamente Erechim, Canoinhas e Brasília, foram utilizados para produção de AgNPs, objetivando investigar a influência (i) da concentração do extrato aquoso em relação a temperatura reacional, (ii) do método de cultivo da planta, (iii) do aspecto do material e diferentes partes da planta utilizadas na reação, quanto às características dos extratos, propriedades físico-químicas das AgNPs e (iv) quanto às bioatividades antibacteriana e citotóxica em células de insetos, as quais algumas destas nanoformulações foram submetidas. Nesse contexto, os materiais foram caracterizados por espectrofotometria na região do UV-visível que indicou formação de AgNPs para cinco dos sete extratos; por espalhamento de luz dinâmico sugerindo AgNPs com diâmetro hidrodinâmico na faixa nanométrica para maioria das formulações; índices de polidispersividade baixos a moderados; e potencial Zeta negativo e sugestivo de instabilidade incipiente. As microscopias de força atômica e eletrônica de transmissão foram utilizadas para determinação das morfologias das AgNPs que forneceram resultados distintos, mostrando AgNPs esféricas ou quase-esféricas na primeira abordagem e com formas variadas na segunda. A difração de raios X confirmou as reflexões e perfis característicos da prata nanoestruturada. Os ensaios bioquímicos apontaram uma composição rica em compostos fenólicos e antioxidantes na I. paraguaríensis. A espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier indicou a presença do sal metálico de prata e de alguns dos grupamentos íuncionais correspondentes aos fitoquímicos tipicamente encontrados na planta; os quais também foram identificados em função das possíveis classes e compostos químicos, utilizando a cromatografia líquida de ultra-alta eficiência acoplada a espectrometria de massas com ionização por electrospray e ao detector de arranjo de fotodiodos. Em adição, as nanoformulações foram avaliadas contra E. coli e S. aureus, exibindo, no mínimo, atividade bacteriostática; e em linhagem celular de Spodoptera frugiperda (Sf21), demonstrando manutenção da viabilidade celular. Os resultados correspondentes às variáveis aqui exploradas mostraram-se potenciais para a contribuição do desenvolvimento de estudos relacionados aos eventos envolvidos na fitossíntese de AgNPs.