Tesis
Análise proteômica da interação Trichoderma asperellum, Phaseolus vulgaris e Sclerotinia sclerotiorum
Fecha
2018-10-05Registro en:
SILVA, Francilene Lopes da. Análise proteômica da interação Trichoderma asperellum, Phaseolus vulgaris e Sclerotinia sclerotiorum. 2018. 109 f., il. Tese (Doutorado em Biologia Microbiana)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Autor
Silva, Francilene Lopes da
Institución
Resumen
Phaseolus vulgaris é uma das leguminosas de maior importância sócio-econômica para o Brasil, porém essa cultura é susceptível ao ataque de muitos fungos fitopatogênicos, destacando-se a doença do mofo-branco, causada pelo patógeno Sclerotinia sclerotiorum. Trichoderma spp. vêm sendo estudadas em interação com planta hospedeira e são capazes de induzir sua resposta de defesa e resistência contra patógenos. No presente trabalho a espécie Trichoderma asperellum TR 356 quando cultivado na presença de feijoeiro comum secretou proteínas hidrofobinas, cerato-platanina e peptidase, já descritas como envolvidas na colonização e indução de resposta de defesa de outras espécies de Trichoderma em associação com plantas hospedeiras. Além disso, foram detectadas e identificadas proteínas candidatas a efetores, uma ribonuclease N1 e T1 e três proteínas hipotéticas que ainda não foram caracterizadas funcionalmente. Utilizando NanoUPLC-MSE também foi possível observar alterações na abundância de proteínas em folhas de feijoeiro cultivado na presença de T. asperellum TR 356 e S. sclerotiorum. O total de 97, 67 e 75 proteínas com abundância diferencial foram identificadas em folhas de feijoeiro cultivado na presença dos dois fungos (PTS), do T. asperellum Tr 356 (PT) e do patógeno (PSS) respectivamente. A maior parte das proteínas com maior abundância em PTS são proteínas relacionadas à resposta de defesa, 47 %, destacando-se proteínas relacionadas à resposta a estresse salino, oxidativo, a microrganismos patogênicos e proteínas envolvidas na cascata de MAPKs. A presença do patógeno S. sclerotiorum ativa vias clássicas de defesa como a SAR e vias sinalizadas pelo hormônio ABA. O patógeno também aumentou a abundância das PR-proteínas quitinases, osmotina 34 e inibidor de proteases nas folhas de feijoeiro, sua presença também diminuiu a abundância de outras proteínas relacionadas a defesa, 40 %, metabolismo e fotossíntese, 9 % cada grupo, além de proteínas com atividade oxidoredutora, 21 %. A presença do isolado de Trichoderma TR 356 levou a uma maior abundância de proteínas relacionadas a resposta de defesa, 49 %, metabolismo, atividade oxidorredutora, 13 % e proteínas relacionadas fotossíntese 6 %. Estes resultados sugerem que o isolado TR 356 é capaz de induzir respostas sistêmicas em folhas de feijoeiro, como defesa e mudanças na taxa metabólica e fotossintética.