Tesis
Injúrias vasculares relacionadas à infusão periférica de quimioterapia em mulheres com câncer de mama : estudo longitudinal
Fecha
2017-03-22Registro en:
CUSTÓDIO, Carolina de Souza. Injurias vasculares relacionadas a infusão periférica de quimioterapia em mulheres com câncer de mama: estudo longitudinal. 2016. 65 f., il. Dissertação (Mestrado em Enfermagem)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Custódio, Carolina de Souza
Institución
Resumen
O tratamento antineoplásico administrado por via endovenosa periférica exige a existência de um acesso venoso adequado e seguro para infusão, que garanta a continuidade do tratamento. Para isso é necessária a inspeção detalhada do acesso venoso periférico do paciente, avaliando possíveis riscos de ocorrência de flebites, extravasamentos, infiltrações, que provocam ansiedade e sofrimento nas pacientes. Em mulheres submetidas à mastectomia total ou modificada, e que tenham sofrido retirada de gânglios axilares, há maior restrição de acessos vasculares para tratamento, exigindo-se, assim, maior atenção por parte da equipe assistencial para a infusão de quimioterapia. Este estudo teve por objetivo avaliar as alterações de veias periféricas utilizadas para infusão de quimioterapia em pacientes com câncer de mama ao longo do tempo do tratamento. A amostra foi composta por mulheres com câncer de mama submetidas à infusão endovenosa periférica de quimioterapia antineoplásica neoadjuvante com doxorrubicina e docetaxel. Durante o período de agosto de 2011 a janeiro de 2014, foram selecionadas 59 mulheres com diagnóstico de câncer de mama. Observou-se que nenhuma das veias avaliadas retornou ao seu calibre inicial durante este período. Observou-se, em relação às veias utilizadas para a infusão dos referidos quimioterápicos: em 24 (42,7%) mulheres, alguns calibres venosos obtiveram alguma recuperação, porém em 35 mulheres (59,3%) o calibre chegou a 0 mm, antes do 63º dia de seguimento. De 24 acessos venosos que apresentaram recuperação, 15 (62,5%) apresentaram cordão venoso palpável e enrijecido, o que prejudica ou até mesmo impossibilita a funcionalidade desse acesso venoso. Há que se ressaltar que o tratamento para o câncer de mama é longo e há toxicidades terapêuticas que também exigem a utilização de acesso venoso, como, por exemplo, a neutropenia e a diarreia aguda. No Brasil, verifica-se que há predominância na utilização do acesso venoso periférico, justificada pelo baixo custo do dispositivo, mas em pacientes que retornam com frequência para infusão de quimioterapia e medicamentos verificou-se redução no calibre venoso, em alguns casos chegando a zero, levando a múltiplas punções e, assim, aumentando custos com material e o sofrimento das pacientes.