Tesis
Medicamentos hospitalares no SUS : análise das principais listas do país e identificação de lacunas terapêuticas da RENAME
Fecha
2022-01-19Registro en:
VELEDA, Neiza Freire. Medicamentos hospitalares no SUS: análise das principais listas do país e identificação de lacunas terapêuticas da RENAME. 2021. 157 f., il. Dissertação (Mestrado Profissionalizante em Saúde Coletiva) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Autor
Veleda, Neiza Freire
Institución
Resumen
Este estudo investiga a adoção de listas de medicamentos essenciais, eixo central para a
organização das políticas públicas de medicamentos, nos maiores hospitais SUS de todos os estados
brasileiros. O uso dessas listas facilita a gestão do medicamento em todas as fases da Assistência
Farmacêutica. A elaboração das listas deve ser baseada em diretrizes clínicas nacionais, para
promoção do uso racional dos medicamentos. O objetivo desta Dissertação foi avaliar o perfil de
medicamentos das padronizações desses hospitais, parametrizar às listas de medicamentos essenciais
nacionais e da Organização Mundial de Saúde e analisar as lacunas na orientação de medicamentos
de uso hospitalar e de oncologia, especificamente, na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais,
a RENAME. Métodos: foram analisadas as listas de padronização dos maiores hospitais públicos, um
para cada esfera de administração (federal, estadual/distrital e municipal) de cada estado para verificar
os parâmetros de indicação, essencialidade e situação de registro junto à ANVISA. Em seguida, foi
feito recorte dos medicamentos padronizados nos hospitais, presentes na lista OMS e/ou diretrizes do
SUS, mas ausentes da RENAME. Os resultados sugerem correspondência entre o número de
medicamentos padronizados e porte hospitalar dos hospitais; 97,9% dos medicamentos padronizados
com registro junto à ANVISA; baixa correspondência entre as listas hospitalares e RENAME, apenas
34,5% dos medicamentos padronizados nos hospitais constam da RENAME, 27,1% constam da lista
OMS; incongruência entre a RENAME e outros Guias do Ministério da Saúde e 15% dos medicamentos
essenciais padronizados nos hospitais estão fora da RENAME. Entre o grupo de medicamentos
Oncológicos padronizados nos hospitais, 71,9% constam do Protocolo Clínico de Diretrizes
Terapêuticas em Oncologia do Ministério da Saúde, no entanto, não constam da RENAME. Conclusão:
o estudo aponta desvinculação das padronizações de medicamentos nos hospitais do SUS em relação
às listas de medicamentos essenciais como RENAME e OMS; aponta a RENAME desvinculada de
outros Guias e Diretrizes nacionais de recomendação de uso de medicamentos essenciais do Ministério
da Saúde e insuficiente para servir como guia das padronizações de medicamentos hospitalares e de
oncologia.