Tesis
Efeitos da adição de palhada de milheto ao solo sobre a murcha de sclerotium (sclerotium rolfsii sacc.) em feijoeiro comum
Fecha
2021-09-08Registro en:
PEREIRA NETO, João Vicente. Efeitos da adição de palhada de milheto ao solo sobre a murcha de sclerotium (sclerotium rolfsii sacc.) em feijoeiro comum. 2005. xvi, 66 f., il. Dissertação (Mestrado em Fitopatologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2005.
Autor
Pereira Neto, João Vicente
Institución
Resumen
Tem crescido na sociedade atual a busca por uma agricultura que seja produtiva, e, além disso, segura e sustentável. A adição de resíduos orgânicos ao solo é uma prática que tem sido bastante adotada e que responde a estas demandas. Diversas espécies vegetais têm sido cultivadas visando-se à cobertura do solo ou sua incorporação. Dentre estas espécies merece destaque o milheto (Pennisetum glaucum L.). Tais práticas, em geral, favorecem a melhoria das características químicas, físicas e biológicas do solo. Estes efeitos refletem-se no controle de doenças, especialmente aquelas causadas por patógenos do solo, como Sclerotium rolfsii. Práticas culturais como a adição de resíduos vegetais ao solo, favorecem o equilíbrio microbiano desse e o controle de doenças, de forma simples e barata. Sendo assim, representa uma forma de controle alternativo ao uso de agrotóxicos. Neste estudo buscou-se avaliar o efeito da adição de palhada de milheto e a inoculação das sementes com rizóbio (Bradyrhizobiumjaponicum) sobre a murcha de sclerotium em feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) inoculado com Sclerotium rolfsii e cultivado em casa de vegetação. Previamente foram estudados diferentes substratos de cultivo para S. rolfsii, formas de inoculação do patógeno e o efeito da idade do feijoeiro. Dentre os substratos de cultivo testados (aveia em flocos, fubá de milho, proteína vegetal texturizada de soja, sementes de sorgo e de painço) foi observado menor crescimento e germinação de esclerócios quando utilizada a proteína vegetal texturizada. Entre os demais substratos não houve diferença significativa para germinação de esclerócios e crescimento micelial. A inoculação por incorporação na superfície do solo causou maior severidade da murcha de sclerotium, que também foi observada nas plantas mais jovens. Em relação ao estudo envolvendo a adição de palhada de milheto foi observada que adição dessa, nas três doses utilizadas (10, 20 e 30 t/ha) causou redução na severidade da murcha de sclerotium em relação aos tratamentos envolvendo adubos químicos e à testemunha. Os tratamentos onde não houve a adição da palhada de milheto não diferiram entre si e nem em relação à testemunha. Em relação à inoculação das sementes com rizóbio não foi observada diferença significativa, porém os tratamentos inoculados com a bactéria apresentaram menor severidade da doença. Os resultados obtidos mostram que a produção de inóculo de S rolfsii em sementes de sorgo é um método prático e eficiente para estudos de fitopatologia. A adição de palhada de milheto ao solo pode ser considerada uma prática a ser utilizada no manejo integrado da murcha de sclerotium.