Tesis
Crescimento e sobrevivência de plântulas de campinarana sujeitas à seca e inundação : implicações para restauração
Fecha
2020-03-03Registro en:
ELIAS, Priscila Salomão. Crescimento e sobrevivência de plântulas de campinarana sujeitas à seca e inundação: implicações para restauração. 2019. xi, 48 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Autor
Elias, Priscila Salomão
Institución
Resumen
As campinaranas são ecossistemas amazônicos sujeitos à seca e inundação sazonais, com alta relevância ecológica, endemismo e ameaça antrópica. Porém, não há estudos a respeito da restauração ecológica dessas vegetações. Devido ao estresse hídrico anual, o estabelecimento de plântulas em áreas de campinarana degradadas representa um grande desafio. O objetivo deste estudo foi avaliar germinação, sobrevivência e crescimento de plântulas de árvores típicas de áreas alagáveis em condições de seca e inundação, simulando diferentes épocas de plantio em campinaranas. A germinação de sementes de Himatanthus sucuuba, Hydrochorea corymbosa, Muntingia calabura, Ruizterania retusa e Vochysia haenkeana foi avaliada na água e em condições úmidas. Em casa de vegetação, plântulas de H. sucuuba, H. corymbosa e R. retusa foram submetidas aos tratamentos úmido seguido por úmido (UmUm), úmido seguido por inundação (UmIn), úmido seguido por seca (UmSe) e inundação seguido por úmido (InUm), com duração de 90 dias para cada regime hídrico. Foram avaliados sobrevivência, biomassa, altura, estágios de murchamento e formação de estruturas morfológicas em plântulas. Apenas V. haenkeana teve menor germinação na água (8%) do que no tratamento controle (53%). A sobrevivência de plântulas de H. sucuuba e H. corymbosa foi maior que 80% em todos os tratamentos. Porém, plântulas de H. sucuuba tiveram maior crescimento quando não foram expostas à inundação ou à seca (UmUm). O crescimento de plântulas de H. corymbosa não diferiu entre os tratamentos UmUm, UmSe e InUm. A sobrevivência de R. retusa foi significativamente maior nos tratamentos UmUm e InUm (50%) do que em UmIn e UmSe (20%). Plântulas de R. retusa tiveram maior crescimento quando inundadas nos primeiros 90 dias (InUm). Plântulas de H. sucuuba e H. corymbosa tiveram baixo crescimento até os 90 dias, mantendo-se resistentes à inundação, enquanto plântulas mais velhas foram mais susceptíveis ao estresse hídrico, tendo maior crescimento no regime úmido. As respostas diversas entre as três espécies sugerem que há diferentes estratégias das espécies de campinaranas para garantir o estabelecimento de plântulas e que manejar a época de plantio poderia favorecer o seu estabelecimento.