Tesis
Transecta sísmica N-S através do depocentro da Bacia do Parnaíba : aproximação por função do receptor e CCP
Fecha
2019-07-31Registro en:
QUEIROZ, David Silva de. Transecta sísmica N-S através do depocentro da Bacia do Parnaíba: aproximação por função do receptor e CCP. 2019. v, 66 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Autor
Queiroz, David Silva de
Institución
Resumen
A Bacia do Parnaíba é uma bacia tipo sag localizada no norte do território brasileiro, com espessura máxima de 3,5 km, delimitada a norte pelo Cráton São Luís, a leste pela Província Borborema, a sul pelo Cráton São Francisco e a oeste pelo Cráton Amazônico. Com o objetivo de melhor compreender sua gênese e evolução, foi realizado o Parnaíba Basin Analysis Program (PBAP), um programa envolvendo estudos geofísicos e geológicos financiado pela British Petroleum (BP) em parceria com universidades brasileiras e britânicas. Neste contexto está inserido o perfil PBAP-NS com aproximadamente 660 km de extensão, atravessa a Bacia do Parnaíba de norte a sul. No estudo foram instalas 26 estações triaxiais equiespaçadas de aproximadamente 25 km entre Julho de 2017 e Dezembro de 2018. Os dados adquiridos foram processados pelo método função do receptor, em seguida migrados para profundidade pela técnica common conversion point (CCP). Os resultados obtidos permitiram dividir a crosta sob o perfil em 3 domínios baseados na razão Vp/Vs. O Domínio 1, a sul do perfil apresenta os menores valores da razão Vp/Vs, nele as fases Ps e múltiplas são claras, sendo possível identificar alinhamentos nas componentes radiais em torno de 2,5-3 s e nas fases positivas em torno de 20-25 km no modelo CCP, interpretados como limite crosta superior-inferior . O Domínio 2, localizado na porção central do perfil apresenta valores de Vp/Vs mais elevados ~1,8. O Domínio 3, norte do perfil apresenta valores de Vp/Vs próximos a 1,74. Os dois últimos estão associados a intrusões máficas, interpretadas como underplating. A profundida da Moho ao longo do perfil varia de ~39 km ao sul, à ~45 km ao norte, onde é observada a maior espessura no underplating. A variação da espessura na crosta, é acompanhada pelo aumento na espessura da bacia na mesma direção, em especial na sub-bacia do Grajaú (Cretáceo). O Domínio 3 apresenta baixos valores para Vp/Vs, interpretados como limitação do método Hk-stacking em convergir corretamente os valores, devido ausência das múltiplas (Ppps e Psps) nos traços, uma vez que nesta região ocorre intenso magmatismo, sendo esperado valores elevados para esta razão.