Tesis
Eterna luta pela mente dos homens : propaganda ideológica e a perspectiva de Noam Chomsky
Fecha
2020-03-11Registro en:
DAVID, Hadassa Ester. Eterna luta pela mente dos homens: propaganda ideológica e a perspectiva de Noam Chomsky. 2019. 167 f., il. Tese (Doutorado em Comunicação)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Autor
David, Hadassa Ester
Institución
Resumen
Esta tese trata-se de um esforço para elaborar uma exegese do conceito de propaganda à luz do pensamento de Noam Chomsky. O quadro analítico desta investigação é circunscrito às mudanças na ordem internacional desencadeadas logo após a Segunda Guerra Mundial, mais especificamente o contexto que abrange aquilo que ficou conhecido como a segunda fase da Guerra Fria (1945-1991). Discutimos a concepção do autor acerca da propaganda ideológica fundamentada em três principais vertentes: doutrinação, distração e marginalização. Com base nessas categorias extraídas do argumento de Chomsky, analisamos a retórica da propaganda imperial e da propaganda corporativa e seus mecanismos de persuasão, manipulação e controle do juízo popular na busca de uma opinião pública predominantemente conivente e consensual aos interesses das elites dos setores dominantes. É a partir desse enfoque que se ancora este estudo, que se desdobra em uma dimensão simbólica denominada ‘Fábrica de Controle de Pensamentos’, que dá origem a uma fórmula de propaganda que se revela um eficiente mecanismo para enaltecer ou solapar ideologias, bem como para criar um simulacro de ameaças, de acordo com a conveniência. Evidenciamos nesta pesquisa as pilhagens linguísticas da retórica de propaganda e o apelo a determinados vocábulos utilizados no sentido de doutrinar e angariar adeptos à ideologia dominante, como também as insinuações e mascaramentos com o intuito de disfarçar os verdadeiros sentidos e significados dos termos. Em suma, como forma de compreender o modelo de propaganda propugnado por Chomsky, destacamos categorias importantes de sua vertente de pensamento, como a lógica do ‘viés sistêmico’, as ‘ilusões necessárias’, as ‘estratégias desviantes’, o ‘problema de Orwell’ e demais fatores que impulsionam a fabricação do consenso.