Tesis
Exposição e manejo da dor em recém-nascidos prematuros durante o tempo de hospitalização na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
Fecha
2020-04-16Registro en:
ANDRADE, Laryssa Marinna Madeira de. Exposição e manejo da dor em recém-nascidos prematuros durante o tempo de hospitalização na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. 2019. 73 f., il. Dissertação (Mestrado em Enfermagem)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Autor
Andrade, Laryssa Marinna Madeira de
Institución
Resumen
Introdução: A prematuridade é definida como os nascimentos ocorridos antes das 37 semanas de gestação. Os prematuros são pacientes de alto risco e apresentam necessidades de cuidados especializados desenvolvidos nas UTINs e, geralmente, por um longo período de tempo. Tais cuidados proporcionaram melhorias significativas e de importante interesse no cuidado ao recém os quais são submetidos a inúmeros procedimentos necessários para sua sobrevivência que pode ser doloroso, estressante e decorrente de sua longa internação hospitalar. Por muito tempo, a dor do recém-nascido foi negligenciada. Porém mesmo com todos as recomendações existentes para o adequado manejo da dor neonatal, o subtratamento do sintoma ainda é muito comum. O reconhecimento e a avaliação da dor ainda são um dos maiores obstáculos e contribuem para esse cenário a falta de conhecimento de uso das escalas, da indicação de métodos farmacológicos e não farmacológicos, bem como seus efeitos. Para que isso seja evitado, é necessária a padronização da utilização de métodos de avaliação. Objetivo: Analisar a exposição dos recém-nascidos prematuros internados nas unidades neonatais a procedimentos dolorosos durante a internação hospitalar. Método: Trata-se de estudo do tipo coorte retrospectiva. O estudo foi realizado com 196 prematuros que ficaram internados em uma Unidade Neonatal da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e que foram encaminhados para realização de exame de fundoscopia no serviço de oftalmologia, por meio de análise prontuários. As variáveis de exposição do estudo foram: idade gestacional e peso de nascimento; data de nascimento; procedência; local e setor de internação tempo de internação; diagnósticos médicos; procedimentos dolorosos. Já as variáveis de desfecho foram relato de avaliação da dor durante o procedimento e medidas analgésicas e a ocorrência de retinopatia da prematuridade. Os dados tabulados no Excel® foram exportados para o programa estatístico RStudio® e SPSS. A análise quantitativa dos dados da pesquisa foi feita por meio de estatística das variáveis de desfecho e exposição. A associação entre as variáveis foi realizada por meio do teste de Lilliefors e Spearman, A significância entre os grupos da análise foi verificada pelo teste paramétrico t-student para a variável de idade gestacional. Resultados: Foram registrados 2.537 procedimentos dolorosos em todos os participantes da pesquisa. Entre os prematuros extremos houve uma média de 111,7 procedimentos dolorosos durante toda a internação hospitalar. Os Muito prematuros apresentaram uma média de 51,26 e os prematuros tardios 27,85. A correlação entre o peso de nascimento e idade gestacional é positiva e apresentou um valor de p=0,000 e uma correlação positiva de 0,840. Ou seja, quanto maior o peso, maior a idade gestacional. O teste de correlação de Spearman foi realizado e demonstrou que quanto menor a IG maior é maior o tempo de internação. Estas correlações são consideradas fortes por apresentarem um p= 0,000 e uma correlação de -0,829, inversamente proporcional e forte. Conclusão: Foi possível identificar os procedimentos dolorosos, medidas de alívio e avaliação da dor, sendo que nem todos foram avaliadas e aplicadas medidas de alívio. Sugere-se que a realização de desses procedimentos seja planejada, a dor seja avaliada e medidas de alívio sejam utilizadas, assim como os profissionais sejam orientados e sensibilizados sobre o assunto.