Tesis
Prevalência e fatores associados a enteroparasitoses em pacientes com artrite reumatoide
Fecha
2017-03-07Registro en:
REIS, Ana Paula Monteiro Gomides. Prevalência e fatores associados a enteroparasitoses em pacientes com artrite reumatoide. 2016. [124] f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) — Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Reis, Ana Paula Monteiro Gomides
Institución
Resumen
Introdução: Os pacientes portadores de doenças reumáticas apresentam profundas alterações no sistema imunitário em virtude das doenças de base e dos tratamentos utilizados, o que aumenta o risco de ocorrência e a gravidade de infecções, dentre elas as enteroparasitoses. O tratamento atual da artrite reumatoide envolve terapias imunossupressores potentes havendo a necessidade de rastreamento para processos infecciosos latentes. Não há na literatura estudos de prevalência de parasitoses em portadores de artrite reumatoide até o momento. O conhecimento destes dados epidemiológicos são fundamentais para fornecer elementos para o
adequado manejo destes pacientes na prática clínica.
Objetivos: a) Avaliar a prevalência de parasitoses em uma população com Artrite Reumatoide;
b) Determinar a prevalência das helmintíases e protozooses por espécie nos pacientes; c)
Avaliar as condições socioeconômicas dos pacientes e sua relação com a ocorrência das
enteroparasitoses; d) Demonstrar a possível relação entre a presença de parasitoses
intestinais e parâmetros de atividade de doença.
Pacientes e Métodos: Foram coletados dados socioeconômicos demográficos e clínicos de
uma amostra de conveniência de 67 pacientes acompanhados regularmente no ambulatório de
AR do Hospital Universitário de Brasília no período de julho de 2015 a abril de 2016. Todos os
pacientes foram submetidos ao exames parasitológico de fezes (EPF) pelo método de
Hoffman, Pons e Janer (HPJ). Foram obtidas as frequências das variáveis de interesse,
realizada análise bivariada e análise de regressão de Poisson múltipla com variância robusta.
Resultados: A idade média foi de 53.9 anos, com predomínio em mulheres (94%) brancas
(47.8%). O tempo médio de doença foi de 9.2 anos e a maioria dos pacientes estava com a
doença em remissão ou atividade leve . A prevalência de parasitoses foi de 11.9%, sendo
todos os casos de protozoários das seguintes espécies: Endolimax nana, Entamoeba
histolytica e Entamoeba Coli. A análise multivariada final indicou que a presença de parasitose
tem relação estatística significativa com ausência fadiga pela EVA (p = 0,0488) e com melhor
índice de saúde atual pela EVA (p = 0,0012).