Tesis
A decisão econômica na exploração mineral : uma abordagem de sistemas minerais e sua aplicação aos depósitos auríferos do greenstone belt Rio Das Velhas
Fecha
2018-12-17Registro en:
UCHÔA, Juliane Cristina Ferreira. A decisão econômica na exploração mineral: uma abordagem de sistemas minerais e sua aplicação aos depósitos auríferos do greenstone belt Rio Das Velhas. 2018. 135 f., il. Tese (Doutorado em Geociências Aplicadas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Autor
Uchôa, Juliane Cristina Ferreira
Institución
Resumen
Um dos desafios na exploração mineral é o desenvolvimento de um método que reflita tanto os critérios geológicos pontuados em modelos metalogenéticos quanto as estratégias para seleção de alvos exploratórios. Uma nova abordagem denominada de Sistemas Minerais, vastamente conhecida tanto na indústria mineral quanto em meios acadêmicos, conceitua que depósito é uma parte de um sistema mineralizante maior e que sua expressão pode ser estudada em diferentes escalas. Em uma escala litosférica, um sistema mineral é descrito por três elementos: fertilidade, arquitetura favorável e período geodinâmico. Da escala regional à de depósito, desmembra-se em quatro componentes: fonte, migração (pathyway), trapas e dispersão geoquímica. Essa abordagem foi testada no Quadrilátero Ferrífero, porção Sul do Cráton São Francisco, com foco central nos depósitos auríferos orogênicos arqueanos hospedados em terrenos do tipo greenstone belt. A província compreende depósitos auríferos de classe mundial, tais como, Morro Velho e Cuiabá. O método proposto neste trabalho compreende uma análise em três diferentes escalas: Província (1:500.000), Distrito (1:100.000) e Blocos (1.50.000), cujo foco é a descrição do Sistema Mineral Rio das Velhas (SMRV) com base na interpretação de dados multi-fontes (geológicos, geofísicos e geoquímicos) para depósitos hospedados em rochas metavulcânicas máficas/ultramáficas e formações ferríferas bandadas. O primeiro modelo define o endowment aurífero, o qual indica a parte central do GBRV como área de maior prospectividade mineral. O modelo em escala intermediária destaca os diferentes distritos auríferos. O modelo final, em escala de semi-detalhe (Bloco), aponta os alvos exploratórios. Os resultados obtidos nestas modelagens são coerentes pois mapeiam minas, ocorrências e garimpos conhecidos para todos os cenários. Novas áreas potenciais foram identificadas e sinalizam áreas em estágio de exploração iniciais e avançadas. Essas áreas foram novamente classificadas em 3A, 3B e 3C e representam diferentes intervalos de favorabilidade, levando-se em consideração também, a atuação exploratória na região do Quadrilátero Ferrífero. A partir da integração de dados históricos de 15 depósitos, foram estimadas curvas de teor e tonelagem utilizando-se a simulação de Monte Carlo. O resultado é apresentado para toda área do modelo em escala de blocos, como também para os distritos. Uma avaliação econômica foi elaborada para um prospecto hipotético, onde simulou-se os três cenários previamente denominados de 3A, 3B e 3C. Para cada alternativa foi atribuída uma probabilidade a priori, de forma a facilitar o cálculo do valor esperado. Os cenários do tipo 3A e 3B foram os mais vantajosos e competitivos. Observa-se que por se tratarem de áreas potenciais inseridas em contexto já provado, ou seja, inclui depósitos em fase de explotação atual ou histórica, oferecem uma menor incerteza geológica e risco exploratório.