Tesis
Resistência às doenças e qualidade de frutos de genótipos de maracujazeiro azedo, cultivados no Distrito Federal
Fecha
2018-07-05Registro en:
MIRANDA, Gabriel Soares. Resistência às doenças e qualidade de frutos de genótipos de maracujazeiro azedo, cultivados no Distrito Federal. 2018. x, 87 f., il. Dissertação (Mestrado em Agronomia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Autor
Miranda, Gabriel Soares
Institución
Resumen
O maracujá encontra-se entre as frutas mais produzidas no Brasil e ocupa a 12ª posição no ranking de produção do país. O Nordeste brasileiro é a região que mais produz, e a Bahia o Estado de produção mais expressiva, respondendo por mais de 48% da produção nacional. Dessa forma, o Maracujazeiro azedo é considerado uma cultura de grande importância econômica para o Brasil, com cerca de 58 mil hectares de área cultivada, produção superior a 703 mil toneladas por ano e produtividade média de 14 toneladas/ha. Além de maior produtor, o Brasil também é o maior consumidor da fruta, sendo esta apreciada pelos fatores nutricionais, nutraceuticos e medicinais. Existem diversas doenças que são prejudiciais à cultura do Maracujazeiro. Elas têm influência na produtividade e na qualidade dos frutos quando não controladas adequadamente. Dentre as doenças que atacam a cultura do maracujá destaca-se a Septorise (Septoria passiflorae), Verrugose (Cladosporium maracuja), Vírus do endurecimento dos frutos ( Cowpe-aphid borne Mosaic Virus – CABMV) e a macha-oleosa (Xanthomonas axonopodis pv. Passiflorae). A polpa do Maracujazeiro tem despertado o interesse dos fruticultores devido à sua rápida produção em relação a outras frutíferas, além da fácil aceitação no mercado. Ela é utilizada para consumo in natura e na indústria (de sucos, medicinal, fitoterápica e cosmética). A importância econômica do fruto é representada pelo suco integral a aproximadamente 13º Brix e pelo néctar e suco concentrado a 50º Brix. A demanda do mercado in natura e industrial é de frutos que apresentem acidez titulável de 3,2% a 4,5%, sólidos solúveis totais (SSD) acima de 13º Brix, rendimento de suco a partir de 33% e massa médio dos frutos acima de 120 g. O presente trabalho teve como principal objetivo avaliar a reação de genótipos de Maracujazeiro (Passiflora edullis Sims) quanto à resistência à doenças e qualidade dos frutos. O experimento em campo foi instalado na Fazenda água Limpa 25km ao sul de Brasília, DF, com latitude 15°56'54.7" Sul e 47°56'02.7" Oeste e 1100m de altitude. O clima da região é do tipo AW, caracterizado por chuvas concentradas no verão, de outubro a abril e invernos secos, de maio a setembro. O delineamento experimental utilizado foi o de Blocos Casualizados com 4 repetições. Para o desempenho de genótipos a doenças foram utilizados 31 genótipos e para a qualidade dos frutos foram selecionados 9 genótipos elites. Em ambos os casos a cultivar BRS Gigante Amarelo foi utilizada como testemunha. Observou-se a existência de variabilidade genética entre os genótipos de maracujá para caracteres de resistência a doenças, massa de fruto (MF), comprimento de fruto (COMP), diâmetro de fruto (DIAM), relação comprimento/diâmetro (C/D), ), massa da polpa c/ sem (g) (MPCS), massa da polpa s/ sem (g) (MPSS), número de sementes (NS) e °Brix. Por meio das análises estatísticas realizadas foi possível selecionar genótipos com potencial de herdabilidade promissores para dar segmento ao programa de melhoramento de maracujá-azedo da Universidade de Brasília (UnB). Os híbridos MAR 20#19 x MAR 20#21 P1 R4, MSCA P1 R2 X MAR 20#2005 P3 R2 e ROSA INTENSO P2 R4 X MSCA P1 R1 foram os materiais genéticos que apresentaram os maiores valores de ºBrix.