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Fluxo de internação por COVID-19 nas regiões de saúde do Brasil
Fecha
2021-02-18Registro en:
Autor
Silva, Everton Nunes da
Soares, Fernando Ramalho Gameleira
Frio, Gustavo Saraiva
Oliveira, Aimê
Cavalcante, Fabrício Vieira
Martins, Natália Regina Alves Vaz
Oliveira, Klébya Hellen Dantas
Pereira, Claudia Cristina de Aguiar
Barreto, Ivana Cristina de Holanda Cunha
Sanchez, Mauro Niskier
Herkrath, Fernando José
Santos, Leonor Maria Pacheco
Institución
Resumen
Objetivo: Investigar os fluxos de internações por COVID-19 nas 450 regiões e
117 macrorregiões de saúde brasileiras no período de março a outubro de 2020.
Método: Estudo descritivo, compreendendo todas as internações por COVID-19
registradas no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe
(SIVEP-Gripe) entre a 8ª e a 44ª semanas epidemiológicas de 2020. Foi
calculada a proporção das internações por COVID-19 realizadas pelos
residentes que ocorreram dentro da sua respectiva região de saúde, estratificado
segundo períodos de maior e menor demanda de internações e segundo o porte
populacional das regiões de saúde. Foi calculado o indicador de eficácia
migratória, que leva em consideração a evasão e invasão de pacientes, por meio
do cruzamento dos dados de origem dos pacientes (região de saúde de
residência) com os dados do local da realização das internações (região de
saúde de atendimento). Resultados: Foram identificadas 397.830 internações
por COVID-19 no período. A evasão foi de 11,9% dos residentes nas regiões de
saúde e de 6,8% nas macrorregiões; o padrão que se manteve também no
período de pico das internações por COVID-19. Houve em média 17,6% de
evasão dos residentes das regiões de saúde do Nordeste e de 8,8% nas regiões
de saúde do Sul. A evasão foi mais acentuada nas regiões de saúde com até
100 mil/hab. (36,9%), a qual foi 7 vezes maior que a verificada nas regiões de
saúde com mais de 2 milhões/habitantes (5,2%). O indicador de eficácia
migratória negativo (-0,39) indicou predomínio da evasão. Das 450 regiões de
saúde brasileiras, 117 (39,3%) apresentaram coeficiente de eficácia migratória
entre -1 e -0,75 e 113 (25,1%) entre -0,75 e -0,25. Conclusão: Os resultados
indicam que a regionalização do sistema de saúde mostrou-se adequada na
organização do atendimento no território, porém as longas distâncias percorridas
ainda são preocupantes.