Tesis
Diplomacia cultural chinesa : instrumentos da estratégia de inserção internacional da China no século XXI
Fecha
2019-04-17Registro en:
MENECHELLI FILHO, Paulo Roberto Tadeu. Diplomacia cultural chinesa: instrumentos da estratégia de inserção internacional da China no século XXI. 2018. 129 f., il. Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Autor
Menechelli Filho, Paulo Roberto Tadeu
Institución
Resumen
A presente dissertação propõe-se à análise do uso, da percepção internacional e dos possíveis
resultados das ações promovidas por meio dos instrumentos de diplomacia cultural chinesa, em
especial, da mídia, do cinema e dos Institutos Confúcio (IC), durante o período de 2003 a 2018,
momento de crescente reconhecimento pelo governo chinês da necessidade da melhora da
imagem da China no mundo. A busca pela compreensão de como a China utiliza tais
instrumentos e de como eles são percebidos por outras nações baseia-se nos estudos e
referenciais teóricos de Valerie M. Hudson e Kenneth E. Wilkening, acerca da utilização da
cultura como força dinâmica e elemento da competição política de poder, bem como nos de
Joseph Nye sobre a cultura como fonte de poder brando. A presente dissertação sustenta-se,
igualmente, nas investigações sobre as potencialidades da diplomacia cultural de desarmar
tensões e de superar barreiras entre Estados e povos, e nos exames a respeito das peculiaridades
do chamado soft power cultural chinês. Além da pesquisa qualitativa, de fonte secundária sem
prescindir de documentos primários, foi também utilizada pesquisa quantitativa, com o objetivo
de analisar, por meio de dados estatísticos, como o soft power da China vem sendo recebido.
Ademais, realizou-se um estudo de caso sobre os Institutos Confúcio nos Estados Unidos, com
o objetivo de alcançar descrições e explicações detalhadas de um caso específico, visando a
compreender uma quantidade maior de casos similares. Esta dissertação permitiu compreender
que, ainda que sob críticas, tendo sido variáveis as percepções dos outros países, o governo
chinês utilizou de forma crescente a diplomacia cultural, transformando-a em um de seus
principais instrumentos de estratégia de inserção internacional no século XXI.