Tesis
Risco de fraudes contábeis e ganho informacional na análise do risco de crédito para o setor bancário brasileiro
Fecha
2021-05-26Registro en:
OLIVEIRA, Rafael Xavier de. Risco de fraudes contábeis e ganho informacional na análise do risco de crédito para o setor bancário brasileiro. 2020. 120 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Autor
Oliveira, Rafael Xavier de
Institución
Resumen
Com o objetivo de verificar a relação entre risco de fraudes contábeis e risco de crédito, este
trabalho avaliou se as informações extraídas dos relatórios econômico-financeiros de empresas
brasileiras de capital aberto são úteis na análise do risco de crédito e se a inserção da informação
a respeito do risco de fraudes contábeis acarretaria em ganho informacional em uma estrutura
formatada para análise e gestão de risco de crédito. Buscou-se então, a partir da literatura,
indicadores contábeis mais relevantes sob a ótica da explicação do risco de fraudes contábeis e
do risco de crédito das organizações. A partir disso, construiu-se um modelo quantitativo
(baseado no método de regressão logística) para testar a relevância desses indicadores na
mensuração do risco de crédito e para verificar se o modelo geraria para o usuário algum ganho
informacional a partir da introdução da informação de risco de fraudes contábeis. Os resultados
evidenciaram que todas as variáveis contábeis presentes no modelo (endividamento, liquidez
imediata, margem líquida, retorno sobre o ativo e retorno sobre o patrimônio líquido) foram
significativas ao nível de 1% na estimativa de risco de crédito das empresas analisadas,
denotando real importância de serem consideradas na gestão desse risco, particularmente
interessante dentro das instituições financeiras. A variável econômica taxa Selic foi significativa
ao nível de 5%, o que também evidencia a importância de se considerar aspectos econômicos
na ótica do risco de crédito, conforme destacado por Saunders (1981), Dantas, Medeiros e
Capelletto (2012) e Albuquerque, Medina e Silva (2017). Com relação à associação entre risco
de fraudes contábeis e o risco de crédito, principal interesse desta pesquisa, verificou-se que,
quando mensurada pelo M-score originalmente proposto por Beneish (1999), a variável de risco
de fraude, além de ser estatisticamente significante ao nível de 10%, contribui para o melhor
ajuste do modelo. Este achado evidencia que a inserção de uma variável que mede risco de
fraudes contábeis melhora a análise do risco de crédito, pois a partir do momento que ela passa
a ser considerada e auxilia no melhor ajuste da variável resposta, pode-se dizer que ela contribui
para o ganho informacional na ótica da gestão do risco de crédito por parte dos bancos.