Tesis
Monitoramento ecocardiográfico da miocardiopatia autoimune de aves singênicas infectadas experimentalmente com trypanosoma cruzi e submetidas ao transplante de medula óssea
Fecha
2017-03-28Registro en:
ANDRADE, Rafael Rocha de. Monitoramento ecocardiográfico da miocardiopatia autoimune de aves singênicas infectadas experimentalmente com trypanosoma cruzi e submetidas ao transplante de medula óssea. 2016. 106 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Médicas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Andrade, Rafael Rocha de
Institución
Resumen
A doença de Chagas subsequente à infecção pelo Trypanosoma cruzi (T. cruzi) é endêmica na América do Sul. O tratamento disponível para a doença clinicamente manifesta é insatisfatório. Neste estudo foram conduzidos experimentos independentes em grupos formados por cinco aves nascidas de ovos inoculados ou não com T. cruzi. A integração de minicírculos de kDNA de T. cruzi no genoma das aves singênicas e a herança do kDNA integrado nas progênies foram anteriormente descritas, e a correlação das alterações genômicas com a doença autoimune do coração foi demonstrada. O presente estudo documenta a cardiomiopatia autoimune de origem genética nas aves kDNA+ a partir de exames de ecocardiograma e aponta a evolução desta patologia nas aves após receberem o transplante de medula óssea. As aves com o genoma modificado pela presença de mutações de kDNA (kDNA+), tiveram a medula óssea destruída com drogas, e receberam, dois dias após, transplante de medula óssea de ave controle (kDNA-) da mesma linhagem. Os resultados demonstram que as aves que tiveram seu genoma modificado pela integração das mutações de kDNA apresentaram a miocardiopatia inflamatória de natureza autoimune. Por outro lado, as aves inicialmente sadias que receberam medula óssea proveniente de aves kDNA+ (grupo de indução da patologia), apresentou substancial decréscimo da fração de ejeção e também na fração de encurtamento. No grupo das aves kDNA+ que receberam medula óssea de animais kDNA- (grupo inibição da patologia) não houve melhora significativa dos principais parâmetros de função miocárdica (fração de ejeção, fração de encurtamento e diâmetro interno do ventrículo esquerdo em sístole) logo nos 3 primeiros meses. Porém, houve uma tendência de melhora da função miocárdica na análise aos 10 meses pós-transplante, indicando uma recuperação de parâmetros da função miocárdica das aves deste grupo tratado com medula óssea sadia. Outros estudos de monitoramento cardíaco mais prolongados são necessários, e devem ser realizados para esclarecer o prognóstico das aves após o tratamento com transplante de medula óssea.