Tesis
Os jogos como microcosmos de construção estética e tecnológica
Fecha
2021-05-12Registro en:
GUIMARÃES, Danilo Silva. Os jogos como microcosmos de construção estética e tecnológica. 2020. 247 f., il. Tese (Doutorado em Artes Visuais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Autor
Guimarães, Danilo Silva
Institución
Resumen
Os jogos como microcosmos de construção artística tecnológica são capazes de deslocar seus participantes para uma estrutura autotélica interativa e construir, a partir disso, significados diferenciados. O presente trabalho é dividido em seis seções. A primeira parte define o que seriam os jogos e seu posicionamento em relação à teoria dos sistemas. A segunda seção, são analisados os reencontros autotélicos, entendidos como os jogos que são capazes de criar suas próprias realidades, com os participantes brincantes, que entendem a natureza dos jogos. A quarta parte trata das regras dos jogos e de como sua realidade ficcional é construída. A quinta parte discorre sobre os jogadores e suas posturas diante dos jogos. A penúltima seção aborda os jogos institucionais, que emergem dos jogos e se impõem como verdades mediadas pelo oximoro da servidão voluntária. O último segmento trata dos sistemas de inteligência artificial e algoritmos que são utilizados na criação de conteúdos para games, situação que fornece base para criação do projeto Faces Brincantes. O levantamento teórico transdisciplinar incorpora, em sua maioria, trabalhos de autores que pesquisaram os jogos ou se utilizaram dos jogos como metáforas para exemplificar suas teorias. São priorizados os trabalhos de Johan Huizinga (1971), Roger Caillois (1990), Bernard Suits (2017) e James Carse (2003), pesquisadores teórico-filosóficos dos jogos. Katie Salen e Eric Zimmerman (2012), Gonzalo Frasca (2003), Ian Bogost (2007), Janet Murray (2003) e Jesse Schell (2011) são outros autores contemporâneos dos jogos digitais. No campo da linguagem e do processo de comunicação, são citados os trabalhos de Ferdinand de Saussure (2006), Noam Chomsky (2005) e Viktor Chklovsky (1970). As questões relacionadas com cibernética e teoria dos sistemas estão presentes nos entendimentos de Norbert Wiener (1993) e Ludwig Von Bertalanffy (1973). Na área de pscicologia contemporânea, é citado o trabalho de Mihaly Csikszentmihalyi (2004) e suas deduções a respeito do autotelismo e da teoria do fluxo. No campo de estudo do ficcional se tem a obra de Hans Vaihinger (2011). A filosofia de Henri Bergson (2005) é aplicada em toda a pesquisa. A conclusão deste estudo é de que os jogos geram realidades alternativas ficcionais que permitem o livre exercício experimental do mundo, tanto na criação quanto no exercício da participação voluntária, situações essenciais para o desenvolvimento cognitivo humano e social.