Tesis
Trajetórias urbanas e trajetórias humanas : análises cartográficas sob o viés semiótico
Fecha
2020-02-06Registro en:
FERRAZ, Carolina Resende. Trajetórias urbanas e trajetórias humanas: análises cartográficas sob o viés semiótico. 2019. 86 f., il. Dissertação (Mestrado em Design)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Autor
Ferraz, Carolina Resende
Institución
Resumen
Brasília, território que preenche o centro geográfico do país, está em uma área sob proteção histórica que expandiu além de sua condição inicial específica presente no plano da cidade. O centro metropolitano concentra a maioria dos empregos e movimentação de serviços e pessoas. A rodoviária se configura nesse centro com suas múltiplas funções, estação multimodal, fluxos, setor de diversões e serviços, situada no ponto de interseção, o eixo central da cidade. Esta recebe forte pressão sob sua infraestrutura em que é capaz de exercer o papel de arquitetura, mas também urbanismo. Nesse sentido, o estudo visa compreender os significados do imaginário coletivo no projeto de urbanismo idealizado para a cidade e como as trajetórias vivenciadas, modelizadas a partir do uso da sociedade, são apreendidas no espaço urbano. Diante disso, delineamos sobre o contexto histórico da cidade de Brasília e desenvolvemos cartografias das trajetórias urbanas e humanas, caminhos urbanizados em confronto com os caminhos vividos no cotidiano das pessoas acerca da rodoviária do Plano Piloto. A leitura do espaço urbano foi elaborada a partir da observação direta, pesquisa bibliográfica e documental, e realização de entrevistas a fim de elaborar mapas, diagramas e cartografias por meio de narrativas urbanas, que foram capazes de captar as sensibilidades e emoções dos indivíduos ao transitarem pela cidade. As narrativas produziram signos relacionados às trajetórias apreendidas, em que foram categorizados e analisados no presente estudo como aspectos do espaço urbano a partir das dimensões espaciais e temporais sob olhar o semiótico da cidade. A geografia social, os imaginários urbanos e a análise dos signos foram as questões primordiais para a apreensão do espaço público. As bases teóricas condutoras para o estudo foram Lucrécia D´Aléssio Ferrara e Milton Santos. Kevin Lynch e Armando Silva contribuíram com o processo metodológico da pesquisa e assim, as narrativas produziram significados representativos na produção das cartografias sensíveis, com foco na percepção coletiva, a partir do uso da cidade.