dc.identifier | COSTA, Danilo Aparecido. Efeitos de protetores solares comerciais na sobrevivência, reprodução e desenvolvimento embrionário de caramujo Biomphalaria glabrata (SAY, 1818). 2019. 76 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019. | |
dc.description.abstract | Ao longo dos últimos anos houve um aumento significativo do uso de protetores solares, principalmente por causa de patologias e efeitos adversos causados pela exposição solar. Consequentemente a ocorrência em ambientes aquáticos de filtros ultravioleta, substâncias ativas desses produtos, também aumentou. A presença dessas substâncias no meio ambiente é algo preocupante tendo em vista que vários estudos ecotoxicológicos demonstraram seus efeitos adversos em organismos aquáticos. No Brasil, a ANVISA através da RDC 69/2016 regulamenta quais substâncias podem ser utilizadas nos produtos e a suas quantidades máximas, entretanto não há recomendações dos órgãos públicos de saúde sobre o uso adequado dos protetores solares. O presente estudo tem como objetivo avaliar os efeitos adversos de dois protetores solares na sobrevivência, reprodução e desenvolvimento embrionário do caramujo aquático Biomphalaria glabrata. O teste de toxicidade aguda, com avaliação da mortalidade, foi realizado com a exposição de indivíduos nas concentrações 3, 6, 9 e 12 g/L para o protetor solar A, e 4, 8 e 12 g/L para o protetor solar B. Foram realizados dois testes de toxicidade crônica, sendo o primeiro realizado com a exposição individual dos organismos às concentrações 0,03 g/L e 0,3 g/L para o protetor solar A, e 0,8 g/L, 2,5 e 4 g/L para o protetor solar B, com a avaliação dos efeitos dos protetores sobre a reprodução do caramujo. O segundo teste crônico foi realizado com exposição das desovas dos caramujos nas concentrações 0,03 g/L e 0,3 g/L para o protetor solar A e 0,4 g/L e 0,8 g/L para o protetor solar B com objetivo de avaliar os efeitos sobre o desenvolvimento embrionário. Os testes demonstraram variedade nos efeitos adversos entre as duas amostras mesmo existindo similaridade entre suas fórmulas. O protetor solar A demonstrou maior toxicidade aguda e maior redução na reprodução do caramujo, enquanto o protetor solar B demonstrou altas taxas de malformações nos embriões expostos. Estes resultados indicam que a mistura das substâncias utilizadas em protetores solares é um fator importante para toxicidade em organismos aquáticos e precisam ser avaliadas antes da comercialização do produto. | |