Tesis
Detecção da resistência bacteriana à rifampicina, dapsona e ofloxacina em pacientes hansênicos com baixo índice baciloscópico
Registro en:
AQUINO, Danielle Costa. Detecção da resistência bacteriana à rifampicina, dapsona e ofloxacina em pacientes hansênicos com baixo índice baciloscópico. 2021. 64 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Autor
Aquino, Danielle Costa
Institución
Resumen
Introdução: A resistência antimicrobiana na hanseníase é um problema crescente, e o
impacto de pacientes com baixos índices baciloscópicos (IBs) na sensibilidade dos
testes moleculares é desconhecido. Objetivamos avaliar a sensibilidade do
sequenciamento genético para a detecção de mutações relacionadas à resistência
antimicrobiana do Mycobacterium leprae em pacientes com baixos IBs por meio de um
modelo analítico. Métodos: Pacientes com hanseníase foram incluídos e divididos em
dois grupos dependendo do Bis ((≥2+ e < 2+). As sensibilidades dos dois métodos de
extração de DNA foram comparadas após amplificação e sequenciamento do elemento
repetitivo (RLEP), folP1, rpoB e gyrA do M. leprae. Resultados: Incluímos 56 pacientes
com hanseníase: 35 tinham IBs menor que 2+ (22 tinham baciloscopia negativa) e 21
pacientes com IBs maior ou igual a 2+. A sensibilidade da amplificação do alvo RLEP e
do sequenciamento gênico de folP1, rpoB e gyrA foi de 50 a 70% menor em pacientes
com IB menor que 2+ e foi significativamente reduzida em pacientes com IBs mais
baixos para todos os alvos (p <0,001). Um paciente apresentava uma mutação no gene
folP1 e 14 pacientes tinham mutações no gene gyrA, mas nenhuma mutação relacionada
à resistência antimicrobiana foi encontrada. Conclusões: Podemos concluir que a
sensibilidade dos testes moleculares está diretamente relacionada ao IB, mas esses
testes ainda podem detectar até 20% dos alvos em pacientes com IBs <2+. Devem ser
desenvolvidas novas estratégias para facilitar a detecção da resistência antimicrobiana
em pacientes com hanseníase e critérios clínicos razoáveis para o acompanhamento e
a introdução de tratamentos alternativos.