Tesis
Influência do uso de órteses para osteoartrite do polegar : análise cinemática e funcional
Fecha
2017-03-27Registro en:
ALMEIDA, Pedro Henrique Tavares Queiroz de. Influência do uso de órteses para osteoartrite do polegar: análise cinemática e funcional. 2016. x, 108 f., il. Tese (Doutorado em Ciências e Tecnologias em Saúde) — Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Almeida, Pedro Henrique Tavares Queiroz de
Institución
Resumen
A osteoartrite (OA) é a condição de adoecimento musculoesquelético de maior prevalência entre a população adulta e idosa. O acometimento da articulação carpometacárpica (CMC) do polegar corresponde a cerca de 10% dos casos da doenças, ocasionando severas limitações funcionais. Dentre as estratégias de tratamento, o uso de órteses para a estabilização articular figura entre as principais medidas para controle da dor e melhora do quadro clínico. Apesar do crescente número de estudos sobre o uso de órteses nesta situação, poucos investigam o impacto das órteses sobre o padrão de movimentos do membro superior e inexistem estudos que relatem sua indicação em âmbito nacional. Objetivo: Investigar a prescrição de órteses para a articulação CMC por profissionais brasileiros e avaliar a influência de diferentes modelos de órteses sobre o desempenho funcional e padrão de movimento dos membros superiores. Método: O estudo dividiu-se em três etapas, correspondendo ao levantamento e sistematização acerca dos modelos de órteses descritos na literatura (Etapa I), investigação de padrões de prescrição de órteses para OA do polegar por terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e médicos brasileiros (ETAPA II) e análise cinemática e de função manual durante o uso de seis modelos únicos de órteses para a estabilização da articulação CMC do polegar. Resultados: Foram categorizados 23 modelos únicos de órteses descritos para o tratamento de pacientes com OA do polegar. A prescrição de órteses por profissionais brasileiros apresentou diferenças significativas de acordo com a formação e especialização dos profissionais consultados, com maior indicação de órteses curtas e sob medida por terapeutas ocupacionais, em contraste com a preferência por órteses longas e pré-fabricadas indicadas por médicos e fisioterapeutas. A análise cinemática indicou estabilização satisfatória da articulação CMC do polegar durante o usos de todas as órteses avaliadas, com melhor desempenho funcional observado durante o uso de órteses flexíveis. Observou-se ainda aumento da necessidade de ajustes de movimentos durante o uso de órteses que imobilizassem também o punho dos participantes. Conclusão: O grande número de dispositivos encontrado sugere o uso de diversas estratégias para promover a estabilização articular da CMC do polegar. Os resultados obtidos por meio da análise cinemática sugerem alterações significativas nos movimentos compensatórios do membro superior durante o uso de órteses, indicando a necessidade de prescrição adequada ao contexto no qual estes dispositivos serão utilizados.