Tesis
Propagação in vitro de musgos do Cerrado
Fecha
2020-06-22Registro en:
PEREIRA, Carla Gomes. Propagação in vitro de musgos do Cerrado. 2019. xviii, 132 f,. il. Tese (Doutorado em Botânica)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Autor
Pereira, Carla Gomes
Institución
Resumen
Os musgos têm sido estudados por suas características fisiológicas, ecológicas e potencialmente
econômica. A cultura de tecidos tem sido cada vez mais utilizada como ferramenta para estudos
nas mais diversas áreas, como a criopreservação e biorremediação. Além disso, a cultura in
vitro é a maneira mais eficiente para a produção em grande quantidade musgos e o
aperfeiçoamento dessas técnicas, subsidiará novos estudos briotecnológicos. O objetivo desse
estudo foi estabelecer e propagar espécies de musgos por meio de culturas axênicas iniciadas
de fragmentos de gametófitos, em que foram investigados métodos acessíveis de cultivo in vitro
e o efeito de reguladores de crescimento no desenvolvimento de algumas espécies. Dez espécies
de musgos (Barbula indica, Bryum argenteum, Bryum coronatum, Bryum densifolium,
Fissidens flaccidus, Isopterygium tenerifolium, Leucobryum crispum, Vitalia cuspidifera,
Sphagnum platyphylloides, Pogonatum pensilvanicum) foram estabelecidas e propagadas in
vitro com sucesso. Todas as espécies foram submetidas ao Estabelecimento Indireto, nova
metodologia para o resgate de explantes parcialmente contaminados e cultivados em condições
assépticas. B. argenteum foi cultivado em quatro sistemas de cultivo: meio semi-sólido (MSS);
líquido sob agitação (MLA); líquido estacionário (MLE) e biorreator de imersão permanente
(BIPER), onde o ganho de biomassa e o efeito dos reguladores de crescimento foram mais
eficientes nos cultivos em soluções líquidas, especialmente no cultivo com adição de sacarose
no BIPER, no qual o índice de multiplicação aumentou 1.738 vezes. No cultivo de I.
tenerifolium, os reguladores de crescimento influenciaram na morfologia dos filídios e a adição
de sacarose ao meio intensificou os efeitos do ácido giberélico, o qual induziu a formação de
brotos e aumentou as dimensões dos filídios. Em nove espécies cultivadas in vitro, foram
realizadas a propagação clonal ex situ, em diferentes substratos. A propagação foi conduzida
em duas etapas. A primeira etapa, pré-aclimatização foi realizada em sala de crescimento com
condições controladas e a segunda, a aclimatização foi realizada em casa de vegetação. A préaclimatização foi relevante para o crescimento de musgos ainda em estágio inicial de
desenvolvimento. A aclimatização favoreceu a colonização de gametófitos e o aumento da
densidade das colônias. Os substratos Bioplant e bioplant/solo apresentaram os melhores
resultados para B. argenteum, B. coronatum e I. tenerifolium cultivadas em casa de vegetação.