Tesis
Os reflexos na vida de estudantes jovens, adultos e idosos a partir de uma prática de inclusão digital coletiva
Fecha
2018-04-19Registro en:
CRUZ, Karla Nascimento. Os reflexos na vida de estudantes jovens, adultos e idosos a partir de uma prática de inclusão digital coletiva. 2017. 152 f., il. Dissertação (Mestrado em Educação)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
Autor
Cruz, Karla Nascimento
Institución
Resumen
Esta pesquisa buscou analisar os reflexos, na vida de estudantes jovens, adultos e idosos da escola Árvore do Cerrado do Paranoá, de uma inclusão digital desenvolvida por meio do computador e de uma prática pedagógica coletiva que visa a formação do sujeito e a transformação da sociedade. O referencial teórico do estudo tem como base a perspectiva histórico-cultural e apresenta como categorias conceituais a Educação de Jovens e Adultos (EJA), as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC’s) e a inclusão digital. Discutimos a Educação de Jovens e Adultos, refletindo sobre suas características e peculiaridades e nos debruçamos sobre as TDIC’s e como elas aparecem na EJA. O surgimento das TDIC’s nas salas de aula é devido ao crescimento da exclusão digital, pois nem todos são contemplados com o acesso a essas tecnologias. Dessa forma, surge o desafio de incluir, digitalmente, os estudantes da EJA. Essa inclusão envolve questões mais abrangentes do que a simples familiarização com o computador. Considerando os objetivos desse trabalho, optamos pela pesquisa qualitativa e pela Pesquisa-ação. Foi feito um levantamento para descobrir qual seria o estado de conhecimento sobre o tema trabalhado nessa pesquisa, o levantamento envolveu artigos de revistas e periódicos, trabalhos publicados na ANPEd (nacional e regional), dissertações e teses de doutorado. A pesquisa foi desenvolvida na escola Árvore do Cerrado, situada no Paranoá/DF, durante os anos de 2016 e 2017. Buscou acompanhar os sujeitos da EJA envolvidos com o projeto de inclusão digital desenvolvido pelo grupo GENPEX, da Universidade de Brasília, ao qual a pesquisadora pertence. A partir da prática desse projeto e do diálogo com os sujeitos foi possível saber como o projeto tem sido recebido pelos estudantes e o que tem acarretado. Por meio da pesquisa foi possível perceber que a escola aparece como principal agente nesse processo de inclusão. Mesmo com as dificuldades provenientes da alfabetização, no decorrer da pesquisa foi possível perceber que os sujeitos da EJA conseguiram produzir textos e expressar sentimentos por meio do computador. O processo de inclusão digital com eles requer práticas diferenciadas, que respeitem seu tempo, possibilidades e interesses próprios. Foi possível perceber, durante a pesquisa, e diante do conhecimento levantado, que todo esse processo é um desafio.