Tesis
Caracterização do perfil das pessoas com esclerose múltipla do Distrito Federal
Fecha
2020-06-29Registro en:
SILVA, Leilane Maria Quaresma da. Caracterização do perfil das pessoas com esclerose múltipla do Distrito Federal. 2019. 112 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências e Tecnologias em Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Autor
Silva, Leilane Maria Quaresma da
Institución
Resumen
Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é considerada uma doença rara no Brasil provavelmente devido à sua população racialmente mista e clima tropical. Diversos estudos foram realizados no Brasil e no mundo com o intuito de entender as características clinicas e epidemiológicas de pessoas com EM. Poucos foram feitos na região centro-oeste em comparação ao restante do país. Objetivo: Descrever, correlacionar e codificar de acordo com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) as características clínicas e funcionais dos indivíduos com diagnóstico de EM residentes no Distrito Federal, Brasil. Materiais e métodos: Estudo descritivo de caráter exploratório com base na análise de prontuário e fizeram parte deste estudo 38 indivíduos com EM. Foram realizadas avaliação dos dados sociodemográficos e feita a avaliação da capacidade funcional dos indivíduos. Para comparação das médias de acordo com os níveis da EDDS (leve, moderado ou grave) foram realizadas utilizando o teste do quiquadrado de Pearson e ANOVA com o teste post hoc de Tukey para as variáveis com distribuição normal, e o teste de Kruskal-Wallis para as variáveis com distribuição não normal. Para comparar as médias da escala COPM dentre cada grupo de acordo com os níveis da EDSS foi aplicado o Teste T pareado, para verificar a correlação entre as variáveis foi aplicado o teste de correlação de Sperman, e para codificar os componentes foi utilizado a CIF. Todas as análises foram realizadas utilizando o software estatístico Statistic Package for Social Sciences (SPSS), considerando um nível de significância de 0,05. Resultados: Houve diferença significativa entre os grupos (leve, moderado e grave) quanto a idade (p<0,05), número de filhos (p<0,000), 9HPT do membro superior dominante e não dominante (p<0,000), TUG (p<0,000), STS (p=0,013), e entre a COPM dentro do grupo leve e grave. Houve correlação entre a EDSS e o tempo de doença, alteração cognitiva com qualidade de vida e número de surtos; e entre a capacidade funcional. Conclusão: A descrição dos dados clínicos e sociodemográficos corroboram com outros estudos realizados no país, entretanto, ao analisarmos a capacidade funcional desses indivíduos percebemos que apenas a EDSS não é suficiente para avaliar a incapacidade destes, sendo, portanto, necessário a utilização outros instrumentos de avaliação afim de entender melhor essa população.