Artículos de revistas
Resistência ao cisalhamento da linha de cola em madeiras tropicais amazônicas
Fecha
2021Registro en:
Autor
Pimentel, Thalles Santiago
Wimmer, Peter
Carvalho, Helder Resende de
Roitman, Luciano
Del Menezzi, Cláudio Henrique Soares
Institución
Resumen
As florestas nativas e plantadas são responsáveis por atender a demanda interna do país por madeira, que conta com um mercado consumidor cada vez mais exigente por qualidade e conhecimento da origem dessas madeiras, assim uma forma de diversificar e agregar valor para as madeiras nativas é através da fabricação de produtos engenheirados de madeira (PEM). Este trabalho teve como objetivo principal averiguar o desempenho da colagem dos corpos de prova. O material lenhoso foi coletado na Unidade de Manejo Florestal de área de concessão federal do Serviço Florestal Brasileiro, explorado pela empresa Madeflona na Floresta Nacional de Jacundá, estado de Rondônia. As espécies estudadas foram, Allantoma decandra (Jequitibá), Dipteryx odorata (Cumaru Ferro), Dipteryx magnifica (Cumaru Rosa), Erisma uncinatum (Cedrinho), Handroanthus incanus (Ipê), Martiodendron elatum (Tamarindo), Peltogyne lecointei (Roxinho) foram utilizados acetato de polivinila crosslink (PVAc) e poliuretano (PUR). A gramatura utilizada foi de 200 g/m2 para ambos adesivos, conforme a orientação dos fabricantes. Os corpos de prova foram confeccionados conforme a norma ASTM D 905-08, nas dimensões de 44,4 mm x 50,8 mm x 19,0 mm, nos sentidos longitudinal, radial e tangencial, respectivamente. Para o ensaio de cisalhamento na linha de cola (CLC), foram confeccionados 60 corpos de prova para cada espécie, sendo 30 para cada adesivo. Para comparação, também foi realizado o cisalhamento paralelo às fibras na madeira sólida, seguindo a norma ASTM D 143-94, com a confecção de 12 corpos de prova por espécie. Avaliou-se a percentagem de falha na linha de cola/madeira, utilizando um gabarito quadriculado, subdividido em 100 quadrados menores. Também foi calculada a eficiência dos adesivos, através de uma relação do cisalhamento na
linha de cola dividida pelo cisalhamento da madeira sólida. Para as espécies do estudo tem-se duas classificações quanto a densidade básica, madeiras de densidade alta e madeiras de densidade média. Os resultados do cisalhamento da madeira foram D. odorata = 16,23 MPa, H. incanus = 15,44 MPa, P. lecontei = 16,43 MPa, D. magnifica = 16,51 MPa, M. elatum = 13,95 MPa, A. decandra = 10,81 MPa e E. uncinatum = 8,89 MPa. No ensaio de CLC utilizando o PVAc, P. lecointei apresentou melhor desempenho com média de 19,33 MPa, seguido do D. odorata com média de 17,18 MPa, porém não houve diferença com M. elatum (13,52 MPa), H. incanus (14,42 MPa), D. magnifica (14,31 MPa) e A. decandra (15,04MPa) e o que apresentou menor desempenho foi o E. uncinatum com média de 12,12 MPa. Para o ensaio de CLC utilizando o PUR, D. odorata (15,16 MPa), H. incanus (14,47 MPa), A. decandra (14,14 MPa) e D. magnifica (13,68 MPa) não diferiram entre si, apresentando os melhores resultados. Por outro lado, as espécies M. elatum (12,56 MPa), P. lecointei (11,92 MPa) e E. uncinatum (11,79 MPa) obtiveram um resultado inferior e as suas médias não diferiram entre si. Para a falha na madeira obteve-se valores médios para o PVAc de
65% e para o PUR de 30%. Para a eficiência das espécies que alcançaram um valor maior que 90% foram P. lecointei (PVAc), E. uncinatum (PVAc e PUR), M. elatum (PVAc e PUR), H. incanus (PVAc e PUR), D. odorata (PVAc e PUR) e A. decandra (PVAc e PUR). Observou-se que a resistência na linha de cola para todas as espécies e a porcentagem de falha na madeira foi maior quando aplicado o adesivo PVAc em relação ao adesivo PUR, embora algumas espécies não apresentassem diferença estatística entre elas para o ensaio de CLC.