Tesis
Avaliação das propriedades antimicrobianas, antiparasitárias e citolíticas de análogos do peptídeo antimicrobiano pentadactilina
Fecha
2019-04-25Registro en:
PEDROCA, Matheus Nishiyama. Avaliação das propriedades antimicrobianas, antiparasitárias e citolíticas de análogos do peptídeo antimicrobiano pentadactilina. 2018. 78 f., il. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Autor
Pedroca, Matheus Nishiyama
Institución
Resumen
Os antibióticos convencionais estão se mostrando cada vez mais limitados para combater os diversos microrganismos patogênicos, bem como suas linhagens resistentes a diversos medicamentos, sendo necessário o urgente desenvolvimento de novos fármacos. Os peptídeos antimicrobianos possuem alto potencial terapêutico, destacandose como promissores agentes antimicrobianos. O presente trabalho teve como objetivo estudar as propriedades antimicrobianas, antiparasitárias, antivirais e citolíticas de 10 novos análogos do PAM OcP1 (pentadactilina), um peptídeo antimicrobiano isolado da secreção cutânea de anuros do gênero Leptodactylus. Suas atividades antimicrobianas sobre bactérias Gram-positivas (S. aureus e S. epidermidis), bactérias Gram-negativas (E. coli e K. pneumoniae) e fungos (C. albicans e C. neoformans), inibitórias sobre a replicação de arbovírus (dengue e febre amarela) e antiparasitárias sobre o protozoário T. cruzi foram avaliadas. Também foram testadas suas propriedades citolíticas sobre eritrócitos e leucócitos humanos e sobre a linhagem celular de hepatoma humano Huh7. Os análogos OcP1-A3, A4, A6, A7 e A8 exibiram as maiores atividades antimicrobanas, principalmente sobre bactérias Gram-negativas, quando comparados com o peptídeo selvagem, o PAM OcP1. Tais peptídeos mostraram-se pouco ativos ou inativos em inibir a proliferação do parasita T. cruzi. A atividade antiviral dos análogos testados sobre o vírus da febre amarela, quando ativos, mostraram aumento na sua eficiência de maneira geral, enquanto que no ensaio contra dengue houve melhora no potencial antiviral apenas dos análogos OcP1-A3, A4 e A6. Quando testados com células sanguíneas, os análogos não apresentaram efeitos citolíticos relevantes sobre eritrócitos humanos, entretanto foi evidenciada a ação citolítica da pentadactilina e dos análogos OcP1-A1, A4 e A6 sobre leucócitos. Todos os análogos testados apresentaram conformação em α-hélice em ambiente membrana-mimético. Tais resultados demonstram o potencial terapêutico de análogos do PAM OcP1 como agentes antimicrobianos de largo espectro e antivirais.