Tesis
Mapeamento cerebral e adaptações neuromecânicas de mulheres expostas ao medo de cair : influência das variáveis psicogênicas de medo, ansiedade e sintomatologia depressiva
Fecha
2022-03-25Registro en:
BUENO, Guilherme Augusto Santos. Mapeamento cerebral e adaptações neuromecânicas de mulheres expostas ao medo de cair: influência das variáveis psicogênicas de medo, ansiedade e sintomatologia depressiva. 2021. 147 f., il. Tese (Doutorado em Ciências e Tecnologias em Saúde) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Autor
Bueno, Guilherme Augusto Santos
Institución
Resumen
Introdução: Envelhecimento saudável é caracterizado pelo declínio gradual no
controle cognitivo e sobre a inibição cortical de fatores perturbadores do
planejamento motor, sendo esse processo sugestivo a condições pessoais como
o a influência psicogênica do medo, ansiedade e depressão. A influência desses
fatores levou os estudos que compõem essa tese a estudar o comportamento do
córtex cerebral sobre as redes neurais de ajuste do ato motor em condições
perturbadoras para a queda. Objetivo: A tese tem como objetivo geral avaliar o
perfil neuromecânico por meio das habilidades funcionais, fatores pessoais,
tempo de reação motora em atividade simples e ativação cerebral em mulheres
idosas estratificadas por fatores psicogênicos: ansiedade, sintomatologia
depressiva e medo de queda. Métodos: A tese divide-se em dois estudos: o
primeiro de uma investigação transversal, que investigou variáveis de risco e
proteção para os fatores psicogênicos de medo de cair, ansiedade e sintomas
depressivos em mulheres idosas. A amostra, com 95 participantes, (73,34±5,3
anos) foi estratificada considerando o estado de ansiedade e sintomatologia
recorrente, contando ainda com grupo controle. O segundo artigo caracterizou se por um ensaio clínico controlado não randomizado, no qual as idosas foram
alocadas em quatro grupos, segundo o histórico e medo de quedas. A
intervenção consistiu em aplicar uma perturbação fictícia durante à análise
tridimensional da marcha, a fim de isolar os efeitos do histórico e do medo de
cair. Resultados: Os achados da estimativa de risco relativo evidenciaram que
medo de cair (OR = 2,02; p = 0,007); sintomas depressivos (OR = 2,25; p =
0,008); gordura corporal (OR = 1,54; p = 0,011); TRT_ simples (ms) (OR = 1,68;
p = 0,017); TRT_fadiga inicial (ms) (OR = 1,42; p = 0,020); e histórico de quedas
(OR = 2,50; p = 0,014) são fatores de risco para ansiedade e agravam a
sintomatologia depressiva. Destacando como fatores protetores excitação
cortical (OR = 0,52; p = 0,023), valência (OR = 0,19; p = <0,001) e parâmetros
de marcha. A intervenção demonstrou que o medo de cair, após uma
perturbação, resulta em pior qualidade da marcha, em justaposição com a
história de quedas e está relacionado com redução da valência do córtex frontal.
Quando associados, esses fatores potencializam o risco de queda. Conclusão:
Os achados reforçam que o medo de cair deve ser considerado não apenas
como subproduto de quedas, além de ser incorporado a seus fatores
psicogênicos de associação: “ansiedade e depressão”. As implicações desses
fatores são especialmente graves porque uma vez influenciando em toda a
organização neuromecânica de um ato motor que requeira adaptação imediata,
a ineficiência aumento o risco de quedas.