Tesis
Quando cuidar é preciso : análise de trajetórias de mulheres face à necessidade de cuidar de pessoa idosa da família
Fecha
2019-10-29Registro en:
NASCIMENTO, Priscila Pereira Mendes. Quando cuidar é preciso: análise de trajetórias de mulheres face à necessidade de cuidar de pessoa idosa da família. 2019. xii, 115 f., il. Dissertação (Mestrado em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Autor
Nascimento, Priscila Pereira Mendes
Institución
Resumen
O crescimento da população idosa em nível mundial tem suscitado cada vez mais pesquisas sobre a temática do cuidado informal. Esta pesquisa analisa as trajetórias de vida de mulheres em face da demanda familiar de se tornar a cuidadora principal do pai/mãe ou esposo, com demência. As participantes são cuidadoras informais que frequentam um programa de geriatria e gerontologia ofertado pela Secretaria de Estado de Saúde. Com foco nos processos de ruptura e construção identitária, investigou-se o desenvolvimento psicológico da cuidadora perante a necessidade de cuidar. A metodologia de investigação foi qualitativa, incluindo a realização de entrevistas, a construção individual de respostas a instrumentos (carta, genograma, mandala da vida), e a formação de um grupo focal (GF) para a discussão coletiva sobre suas transições e desenvolvimentos. Os dados construídos foram analisados tendo como base epistemológica a teoria do self dialógico (TSD) e a metodologia de trajetórias de equifinalidade (TEM). Foram produzidos, ao todo, seis relatos de trajetória que evidenciaram as bases socioculturais e subjetivas que participam da construção das relações de cuidado. Em seguida foram desenvolvidos dois estudos de caso, com ênfase na análise das mudanças no sistema de self ao longo das trajetórias de equifinalidade. Conclui-se que o campo do cuidado é uma arena de conflitos e tensões imbricadas de historicidade, e pode contribuir para o desenvolvimento humano no sentido de oferecer uma oportunidade de ressignificação simbólica de eventos passados. Contudo, caso se constitua como um trabalho a ser executado exclusivamente por uma pessoa, pode acirrar situações de sofrimento psíquico e resultar em depressão e exclusão social.