dc.description.abstract | O presente estudo teve como objetivo analisar a etapa de controle da qualidade da droga e dos
derivados vegetais, extrato aquoso (EBA) e óleo essencial (oEd) de folhas de Eugenia dysenterica
Mart. DC., e realizar o desenvolvimento de formulações contendo esses derivados vegetais para
tratamento de lesões cutâneas. A atividade antimicrobiana in vitro do EBA e do oEd por meio da
técnica de difusão em disco, poço e microdiluição foi avaliada frente ao microrganismo
Staphylococcus aureus, observando-se que EBA inibiu o crescimento microbiano com
concentração bactericida ≥156,25μg/mL. A citotoxicidade celular foi determinada empregando-se o
método colorimétrico 3-(4,5-Dimetiltiazol-2-il)2,5-Difenil Brometo de Tetrazólio (MTT) avaliando
EBA, oEd e alfa-humuleno para as linhagens HaCat, L929 e RAW 264.7, sendo observado que
estes não foram citotóxicos. A atividade anti-inflamatória foi investigada in vitro usando macrófagos
estimulados por lipopolissascarídeos e tratados com EBA, oEd e alfa-humuleno, os quais exibiram
inibição da produção de óxido nítrico ≥49,87%. O potencial do EBA, oEd e alfa-humuleno em
promover a migração celular foi analisado com HaCat e L929, destacando-se o óleo essencial, o
qual promoveu o fechamento das feridas em 12 horas a menos em relação ao controle.
Adicionalmente, para verificar a segurança de EBA, oEd e das formulações foram realizados in vivo
o ensaio usando a membrana cório-alantóide do ovo embrionado de galinha (HET-CAM), ficando
constatado que estes compostos não são irrritantes. Ainda utilizando o ensaio HET-CAM foi
verificado o potencial angiogênico de EBA, oEd e e das formulações, os quais demonstraram ação
semelhante ao controle de estimulação (Regederm). Micropartículas contendo EBA, obtidas por
spray drying utilizando o biopolímero quitosana foram então obtidas e caracterizadas quanto à
morfologia, rendimento (31,25%), diâmetro (19,69μm) e potencial zeta (41,1±4,26mV). As
micropartículas obtidas apresentaram eficiência de encapsulação de 70,13% e características
apropriadas para uso cutâneo. A veiculação de EBA em emulsão manteve a estabilidade do
sistema por até 60 dias sob ≤8°C. A liberação da catequina procedeu de maneira progressiva por
24 horas. O teste de permeação cutânea demonstrou que a emulsão promoveu a penetração de
catequina (13,56μg/cm2
) na camada da epiderme viável, demonstrando atingir o sítio alvo, sendo
possível afirmar que a emulsão modula a penetração de catequina. Os estudos de estabilidade
revelaram que o armazenamento da emulsão sob refrigeração aumenta o tempo de validade do
produto, pois indicaram resguardar o teor de catequina neste tipo de forma farmacêutica. Portanto,
a emulsão com micropatículas contendo EBA é uma candidata para ser empregada para auxiliar o
processo de tratamento antimicrobiano, enquanto o óleo demonstrou melhores resultados como
anti-inflamatório, promotor de reepitelização e atividade angiogênica, sendo um composto potencial
candidato para cicatrização de feridas, além de caracterizada por não promover efeitos irritativos.
As formas avaliadas visam à recuperação de pacientes com conforto e consequentemente maior
adesão ao tratamento, ademais, podem promover a epitelização do tecido por intermédio da ação
antimicrobiana, anti-inflamatória e cicatrizante, além de ser uma proposta inovadora e
genuinamente brasileira. | |
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