dc.identifier | COSTA FILHO, Deusavan Sales da. Caracterização mineralógica e proveniência de Monazita-(Ce), Xenotima-(Y) e Zircão de Placer na Província Estanífera de Goiás: estão estes minerais relacionados com o granito tipo-A Serra Dourada? 2020. xi, 49 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020. | |
dc.description.abstract | Este estudo apresenta os resultados da caracterização mineralógica e proveniência de
monazita-(Ce), xenotima-(Y) e zircão detríticos de um plácer rico em elementos terra raras
(ETR) na borda noroeste do Granito da Serra Dourada (GSD) na Província Estanífera de Goiás
(PEG). A PEG consiste em dois grupos de granitos do tipo-A de diferentes idades, o g1 (1,77
Ga) e o g2 (1,57 -1,6 Ga). No leste, a Sub-Província Paranã (SPP), composta por granitos g1 e
g2, enquanto no Oeste, a Sub-Província Tocantins (SPT), compreendendo apenas os granitos
g2, onde o GSD está localizado. As análises por microssonda eletrônica de um conjunto de
grãos detríticos resultaram em uma composição mediana compatível com xenotima- (Y) e
monazita- (Ce), esse mesmo conjunto de dados apresentam alta dispersão para elementos
formadores (Y, Ce e P), além de alta dispersão para actinídeos, especialmente para Th em
monazita-(Ce), seguida por uma dispersão moderada de Y e HREE, indicando textura interna
complexa formada em estágio pós-magmáticos para os grãos analisados. A textura interna dos
ortofosfatos foi investigada por uma combinação de imagens de elétrons espalhados (BSE),
EMPA e mapas elementares de raios-X. Os grãos são muito a pouco cristalinos, dependendo
do seu conteúdo U e Th, com anomalia negativa de Eu para xenotima. Os dados mostram
texturas secundárias complexas que cortam zonas de crescimento magmático devido à sua
interação com fluidos ricos em álcalis, F, P, Y, REE durante o estágio hidrotermal relacionado
à evolução de um pegmatito da família NYF. Dois tipos de textura de recristalização foram
distinguidos pelo processo de dissolução-reprecipitação acopladas, responsável pelo
empobrecimento de Th, U e Si e enriquecimento de P, Y, HREE e Ce. Há formação de nano e
microporosidade interconectadas, uma vez que o sistema atinge temperaturas hidrotermais
(<400 ° C), concomitante à precipitação de nano-inclusões de zircão e micro-inclusões de
torita. A datação de um conjunto de grãos de xenotima e monazita detríticos, pelo método U-
Pb/LA-ICP-MS, produziu dados concordantes, com uma idade de interceptação de 555 ± 10 e
546 ± 11 Ma, respectivamente. A datação U-Pb LA-ICP-MS de zircão detrítico produziu dados
discordantes, com uma idade de intercetação superior de 1609 ± 11 Ma e uma idade de
interceptação inferior de 565 ± 11 Ma. Dados mineralógicos e isotópicos, juntamente com os
dados da literatura, sugerem o Granito Serra Dourada como fonte de zircão, xenotima e
monazita no placer estudado, apesar das idades U-Pb neoproterozóicas dos ortofosfatos. A
presença de nano e micro-porosidade interconectadas, combinada ao grau metamórfico dev
fácies anfibolíto e o magmatismo granítico da Suíte Mata Azul, associados à orogênese
Brasiliana, podem ser os mecanismos responsáveis pela redefinição do relógio U-Pb dos
ortofosfatos na SPT. | |
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