Tesis
Comportamento ao puncionamento de lajes cogumelo de concreto armado com pilares retangulares e furos de grandes dimensões
Fecha
2020-04-16Registro en:
BORGES, Liana de Lucca Jardim. Comportamento ao puncionamento de lajes cogumelo de concreto armado com pilares retangulares e furos de grandes dimensões. 2004. xxv, 367 f., il. Tese (Doutorado em Estruturas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2004.
Autor
Borges, Liana de Lucca Jardim
Institución
Resumen
São analisadas experimentalmente 20 (vinte) lajes cogumelo de concreto armado de dimensões 3000 mm x 3000 mm x 200 mm, e resistência à compressão em torno de 40 MPa e altura útil de aproximadamente 164 mm, submetidas à puncionamento simétrico. As principais variáveis da pesquisa foram: a relação entre as dimensões da seção transversal retangular do pilar (cmáx/cmín entre 1 e 4, com cmín constante); o número de furos na região do pilar; e o detalhamento da armadura de cisalhamento. É apresentada uma proposta de inclusão do parâmetro cmáx/d (cmáx é a maior dimensão da seção transversal do pilar e d é a altura útil da laje) nas expressões de cálculo da resistência à punção do CEB-FIP (1991) e do ACI (2002). Para a norma brasileira NBR-6118 (2003) é sugerida uma forma de cálculo do perímetro efetivo de controle de lajes com furos próximos ao pilar. Os resultados mostraram uma redução na taxa de crescimento da resistência à punção das lajes quando se aumenta a relação cmáx/cmín, mantendo-se cmín (menor dimensão da seção transversal do pilar) constante, com as forças cortantes concentrando-se nas extremidades do pilar, principalmente com o aumento da relação cmáx/cmín. Com relação à presença de furos adjacentes ao pilar, observou-se uma redução de rigidez e de resistência em até 23% para as dimensões de furos utilizadas. A utilização de armadura de cisalhamento, como disposta na pesquisa, restabeleceu e até superou a resistência à punção da laje monolítica de referência. As normas de projeto que apresentam no cálculo da resistência à punção prescrições para a consideração da geometria do pilar (ACI (2002), EC-2 (1992) e a NBR-6118 (1978)), e para a consideração de furos próximos ou adjacentes ao pilar (ACI (2002), BS8110 (1997), EC-2 (1992), EC-2 (2001) e a NBR-6118 (2003)), mostraram-se conservadoras (VExp/Vcalc entre 1,21 e 1,50) nas estimativas das cargas de ruptura das lajes com pilares retangulares sem furos e sem armadura de cisalhamento (série 1). As normas do CEB-FIP (1991) e NBR-6118 (2003) forneceram estimativas praticamente iguais às cargas obtidas experimentalmente (VExp/Vcalc = 0,99) para essas lajes. A proposta de inclusão do parâmetro cmáx/d no cálculo da resistência à punção nas expressões do ACI (2002) e CEB-FIP (1991) conduziu a estimativas mais próximas das cargas obtidas experimentalmente e a favor da segurança para as lajes com pilares retangulares e furos (série 2), e para as lajes com pilares retangulares, furos e armadura de cisalhamento (série 3). A proposta de cálculo do perímetro efetivo de controle para a norma NBR-6118 (2003), utilizando o método do Handbook to BS8110 (1987), também forneceu estimativas mais próximas dos resultados experimentais para as lajes com pilares retangulares e furos (série 2), e para as lajes com pilares retangulares, furos e armadura de cisalhamento (série 3).