dc.contributorCarvalho, Kênia Mara Baiocchi de
dc.creatorGonçalves, Vivian Siqueira Santos
dc.date.accessioned2020-12-03T14:28:17Z
dc.date.accessioned2022-10-04T13:51:32Z
dc.date.available2020-12-03T14:28:17Z
dc.date.available2022-10-04T13:51:32Z
dc.date.created2020-12-03T14:28:17Z
dc.date.issued2020-12-03
dc.identifierGONÇALVES, Vivian Siqueira Santos. Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA): análise da acurácia da hipertensão autorreferida e de fatores do ambiente alimentar escolar associados à hipertensão e obesidade. 2018. 137 f., il. Tese (Doutorado em Nutrição Humana)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
dc.identifierhttps://repositorio.unb.br/handle/10482/39696
dc.identifier.urihttp://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/3851514
dc.description.abstractIntrodução: Hipertensão e obesidade são doenças multifatoriais emergentes na população adolescente em todo mundo. Intervenções precoces são necessárias para deter o avanço e possibilitar o controle de ambas. Entretanto, conhecer diagnóstico correto da hipertensão e os fatores associados a ambas é fundamental para elaborar ações e políticas efetivas nesse sentido. Objetivo: Investigar a acurácia da hipertensão autorreferida e os fatores do ambiente alimentar escolar associados à hipertensão e obesidade na adolescência. Métodos: Foi realizada revisão sistemática da literatura sobre a acurácia do autorrelato de hipertensão arterial e sobre a relação entre a ambiente alimentar escolar e excesso de peso. Investigou-se as prevalências de hipertensão autorreferida e aferida entre os participantes do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) e foram calculados os valores de sensibilidade, especificidade, preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN) do diagnóstico autorreferido. A associação entre o autorrelato incorreto e fatores socioeconômicos foi investigada pela regressão de Poisson. Também foi estudada a associação entre características do ambiente alimentar escolar e a prevalência de hipertensão e obesidade através da regressão multinível de Poisson. Resultados: Revisão Sistemática 1: Houve grande variação na sensibilidade e especificidade entre os países e faixas etárias. Na maior parte dos estudos o autorrelato subestimou a prevalência de hipertensão. A sensibilidade foi 42,1% (IC95% 30,9-54,2) e a especificidade 89,5% (IC95% 84,0-93,3), com alta heterogeneidade (I2 > 99%). Revisão Sistemática 2: Evidenciou-se a importância da qualidade dos alimentos e refeições disponíveis nas escolas. Alimentos fritos por imersão nos almoços, refrigerantes disponíveis em cantinas e a venda de alimentos em máquinas de autosserviços foram alguns fatores associados ao incremento da massa corporal. Políticas de regulação também tiveram o potencial de promover melhorias no estado nutricional. Os resultados sobre os alimentos vendidos no entorno das escolas foram controversos. Artigo original 1: Foram avaliados 73.399 adolescentes de 1.247 escolas e 122 municípios. A média de idade foi 14,4 anos e 52,7% eram do sexo masculino. A prevalência de hipertensão aferida, considerando também aqueles que declararam estar em uso de medicamento hipertensivo, foi 10,2% (IC95% 9,6-10,9) e autorreferida 3,8% (IC95% 3,4-4,2). Em relação aos parâmetros de avaliação da acurácia do autorrelato, observou-se 7,5% (IC95% 6,9-8,2) de sensibilidade, 96,6% (IC95% 96,5-96,7) especificidade, 18,9% (IC 95% 17,4-20,5) de VPP e 90,8% (IC95% 90,6-91,0) de VPN. Estudar em escolas da rede privada se associou à menor prevalência de relatos inconsistentes para as meninas (RP= 0,68; IC95% 0,55-0,83). Artigo original 2: A prevalência de hipertensão, considerando as medidas aferidas, foi 9,6% (IC95% 9,0-10,3). Observou-se cerca de 50% dos adolescentes com acesso à compra de alimentos nas escolas e em seus entornos e 82% com acesso a refeições gratuitas do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Na análise ajustada, a hipertensão se associou ao consumo de refeições ofertadas nas escolas (RP= 0,83; IC95% 0,74-0,93), à venda de alimentos no entorno (RP= 0,71; 0,53-0,95) e à compra de alimentos em cantinas (RP= 1,23; IC95% 1,09- 1,39). Para a obesidade, menores prevalências estiveram associadas à oferta de refeições pela escola (RP= 0,68; IC95% 0,54-0,87). Conclusões: O autorrelato de hipertensão apresentou baixos valores estimados de sensibilidade para a população com 18 anos ou mais na revisão sistemática e não representou uma boa estratégia para investigar a prevalência de adolescentes hipertensos no ERICA. O uso do autorrelato de hipertensão em inquéritos ou para planejamento de ações deve ser avaliado considerando diferenças regionais, socioeconômicas e culturais que atuam diretamente no acesso a serviços de saúde da população. Identificou-se, por meio da revisão sistemática, a importância da adoção de medidas para a melhoria dos ambientes alimentares escolares em diversas partes do mundo. No Brasil, características contextuais e individuais se associaram à hipertensão e obesidade. Foi identificada ainda, alta frequência de venda de alimentos nas escolas apontando para a necessidade de regulamentação e fiscalização desses espaços.
dc.languagePortuguês
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dc.rightsAcesso Aberto
dc.titleEstudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) : análise da acurácia da hipertensão autorreferida e de fatores do ambiente alimentar escolar associados à hipertensão e obesidade
dc.typeTesis


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