Trabalho
Ocupar, colonizar, urbanizar a Amazônia Legal (1970-80) : ações oficiais e privadas na criação de núcleos urbanos
Fecha
2019-05Registro en:
Autor
Fialho, Átila Rezende
Trevisan, Ricardo
Institución
Resumen
A Ditadura Militar no Brasil (1964-1985) compreendeu um período de esforço nacional para a
integração capitalista da Amazônia, estruturado em um pensamento desenvolvimentista. O militar
desenvolvimentismo propagava duas convicções: uma de que estaríamos em um estágio atrasado de
avanço civilizatório e a segunda de que tínhamos um potencial subaproveitado, do qual poderíamos
usufruir para alcançar um projeto de nação desenvolvida. A abordagem aqui se debruça na
materialização desses esforços por meio da criação de cidades novas, visando uma colonização
dirigida do território que até então se encontrava pouco habitada. Muitos projetos, desenvolvidos pela
SUDAM, pelo INCRA e por outros setores do governo federal, colocaram energia nunca antes vista
para capacitar de infraestrutura, atrair força de trabalho e investidores, nacionais e internacionais,
subsidiar a produção e concretizar projetos de assentamentos, inseridos nos planos e projetos:
PROTERRA, PIN, PND, POLAMAZÔNIA, PRODOESTE e Projeto RADAM. Nessa conjuntura, casos de
cidades merecem destaque: núcleos que nasceram de política pública, especificamente do
planejamento do INCRA, ou que foram planejados por empreendedores privados a fim de assentar a
mão de obra de uma produção específica e lucrar com investimentos imobiliários. Objetiva-se, com
isso, ter uma compreensão mais clara acerca dos projetos de ocupação da Amazônia Legal entre
1970 e 1980, das ações do INCRA e das cidades novas criadas nesse contexto. Igualmente espera-se
constituir um retrato da ocupação territorial, a partir de um recorte temporal preciso, da região
centro-norte, gerando maior compreensão sobre processos de urbanização regionais e práticas
urbanísticas adotadas.