dc.contributorAmparo, Deise Matos do
dc.creatorVilas Boas, Laís Macêdo
dc.date.accessioned2017-10-09T13:57:59Z
dc.date.accessioned2022-10-04T13:39:59Z
dc.date.available2017-10-09T13:57:59Z
dc.date.available2022-10-04T13:39:59Z
dc.date.created2017-10-09T13:57:59Z
dc.date.issued2017-10-09
dc.identifierVILAS BOAS, Laís Macêdo. Cartografia da dor na escarificação do corpo adolescente: sobre identificação e fantasia. 2017. 224 f., il. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
dc.identifierhttp://repositorio.unb.br/handle/10482/24778
dc.identifier.urihttp://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/3850502
dc.description.abstractEste estudo teve por objetivo fazer uma análise da escarificação, ou seja, da incisão de cortes na pele permeados pelo afeto da dor, em adolescentes. A adolescência é compreendida como um tempo de reedição do Estádio do Espelho, marcado pela operação de separação e pela exigência do sujeito se posicionar como desejante. A escarificação pode ser compreendida como ato de passagem, baliza identitária ou como ressalta a psicanálise, um ato de pertencimento e de reconhecimento do próprio eu. A escarificação como um ato adolescente convoca o olhar do Outro. O olhar é colocado em causa devido à necessidade do sujeito de construir uma borda, ou seja, expressa claramente o imperativo de produzir um limite e a dificuldade de separação do Outro. A escarificação denuncia um sujeito suspenso em um tempo de busca de sensações corporais como forma de confirmar a própria existência. A hipótese nodal é a de que a escarificação possui, no tempo da adolescência, uma função suplementar, dada a precariedade da função de corte que deixa o sujeito imerso em uma devastação com o Outro maternal. Supomos, que a escarificação possui uma função cartográfica, ou seja, de construção de fronteiras corporais por meio da dor e do corte. Assim, o ato de se cortar pode ser um organizador da dispersão corporal adolescente. A necessidade de riscar litorais na pele nos indica uma precariedade em enfrentar a operação de separação. Para o estudo da separação foram estudadas as identificações, especialmente o Eu ideal e Ideal do eu, e a fantasia. As identificações, imaginária e simbólica, retratam uma dupla dimensão de o sujeito ser Um: sobre ser único e ter unidade corporal. A fantasia é um caminho privilegiado para que o sujeito se separe do Outro e construa sua posição no mundo como desejante, mesmo que portando as saídas do gozo fálico. O método utilizado foi o da construção de caso por meio de um caso clínico de uma adolescente que se escarificava de forma repetitiva. Na adolescência atual percebe-se o uso dos cortes como uma forma de retomada do corpo próprio e do controle de uma dor psíquica. Percebeu-se que a escarificação vem a construir um ponto cego como uma forma de proteção à devastação materna. Nesses casos a dor possui uma função cartográfica de colocar limites e instituir um sentimento de posse do corpo. Os cortes na pele constituem um caminho para a e produção de bordas, indicando a precariedade da separação. A adolescente parecia não saber a quem seu corpo pertencia e como estar no mundo sem ser subjugada. Por isso, percebeu-se a ineficácia da imagem e a dificuldade em utilizar o Ideal do eu como um recurso para construir uma posição desejante no mundo. A escarificação serve como uma função suplementar ao corte, pois a jovem refaz as bordas na pele como um caminho para estabelecer uma fronteira e se proteger do gozo do Outro. Esse ato é sustentado por uma série de fantasias em suas versões imaginárias que revelam a força de construção do significante “cortar-se”. Portanto, o ato de se cortar possui uma função suplementar e as fantasias que o sustentam, circunscrita na frase “mira-se uma criança”, possuem uma força de construção que fornece uma ajuda para a passagem adolescente.
dc.languagePortuguês
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dc.rightsAcesso Aberto
dc.titleCartografia da dor na escarificação do corpo adolescente : sobre identificação e fantasia
dc.typeTesis


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