Tesis
Papel das etapas precoces de ativação da produção de EROs na indução das NETs
Fecha
2022-04-01Registro en:
DAMASCENA, Hylane Luiz. Papel das etapas precoces de ativação da produção de EROs na indução das NETs. 2021. 121 f., il. Tese (Doutorado em Patologia Molecular) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Autor
Damascena, Hylane Luiz
Institución
Resumen
Neutrófilos são células do sistema imune inato que se destacam por serem as células mais abundantes do sangue periférico. Eles são os primeiros a chegarem no local da infecção e, dentre os mecanismos de defesa, utilizam as armadilhas extracelulares (NETs), que permitem captura e morte extracelular de microrganismos, o que ocorre independente da fagocitose e morte intracelular. Apesar, de ser um mecanismo benéfico para a defesa imune do hospedeiro, as NETs têm sido associadas a diversas doenças, devido à liberação do DNA e proteínas que favorecem a formação de trombos, bem como constituem-se como autoantígenos. Dessa forma, a atuação regulada de NETs é importante para a defesa do hospedeiro, enquanto a resposta acentuada leva a danos. Uma das vias, conhecida como NETose suicida, é dependente de espécies reativas de oxigênio (EROs) e engatilha diversos mecanismos celulares levando à liberação do DNA nuclear. O objetivo do presente trabalho foi elucidar o envolvimento de proteínas e vias de sinalização durante o período inicial da formação de NETs (60 minutos) associadas ao burst respiratório, por meio da análise proteômica de neutrófilos ativados por PMA e inibidos por apocinina. A cinética da produção de EROs mostrou que a inibição da NADPH oxidase posterior ao estímulo possui uma menor influência comparada à inibição antes do estímulo. Essa produção observada nos primeiros 20 minutos foi suficiente para desencadear a formação das NETs e favorecer a morte dos microrganismos devido a um maior aprisionamento observado. Além disso, a produção de EROs nos primeiros minutos é capaz de desencadear alterações no proteoma, associadas a formação das NETs. As proteínas alteradas contribuem com a polimerização da actina (LIMS1, ADAM10 e AMBP) que se associaram com a migração celular. Curiosamente, a migração celular tardia (após 20 min) que não foi associada à formação de NETs, parece não ter a participação da polimerização da actina, mas da tubulina e vitronectina. Além disso, pela primeira vez, este estudo mostrou que neutrófilos podem liberar o componente C4 do sistema complemento, sugerindo o possível envolvimento da ativação do complemento na NETose.