Tesis
As rochas ultramáficas da sequência metavulcanossedimentar Rio do Coco (Paraíso do Tocantins/TO) : greenstone belt ou lasca de ofiolitos
Fecha
2019-04-29Registro en:
SOUZA, Carolinna da Silva Maia de. As rochas ultramáficas da sequência metavulcanossedimentar Rio do Coco (Paraíso do Tocantins/TO): greenstone belt ou lasca de ofiolitos. 2018. 108 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Autor
Souza, Carolinna da Silva Maia de
Institución
Resumen
A Faixa Araguaia de idade neoproterozoica, localizada no Brasil central, alberga peridotitos mantélicos serpentinizados e rochas vulcânicas basálticas que fazem parte de vários corpos ofiolíticos desmembrados, cujos principais são os complexos Quatipuru, Serra do Tapa e Morro do Agostinho. A Sequência Metavulcanossedimentar Rio do Coco (SRC) encontra-se na porção sul da faixa, próximo da cidade de Paraíso do Tocantins/TO, e foi inicialmente caracterizada como um tipo clássico de greenstone belt arqueano. A sequência é formada por rochas metassedimentares e metaultramáficas, sendo esta última desmembrada em dez corpos lentiformes. Tendo em conta as características de campo, petrográficas e geoquímicas as rochas ultramáficas foram classificadas como uma suíte ofiolítica e foram divididas em rochas primitivas (serpentinitos) e rochas mais evoluídas (actinolititos/tremolititos, actinolita/tremolita xisto, talco xisto, entre outras). Os peridotitos estão completamente serpentinizados e mostram as típicas texturas de serpentinização (mesh, interlocking, bastite). As rochas mais evoluídas são constituídas por uma assembleia de anfibólio (tremolita, actinolita), talco, serpentina, clorita e magnetita. As idades modelo obtidas (TDM de 1.0 a 1.6 Ga) permitiram inferir uma idade mais jovem para a SRC e possibilitaram subdividí-las em dois grupos, o grupo 1 representando as rochas menos contaminadas e com afinidade típica de basalto de ilha oceânica (OIB); e o grupo 2, rochas mais contaminadas com as rochas metassedimentares do Supergrupo Baixo Araguaia e com afinidade de basalto de ilha oceânica (OIB), basalto de dorsal meso-oceânica do tipo pluma e enriquecido (P- e E-MORB). As características geoquímicas possibilitaram classificá-las como ofiolito de margem continental, localizados em uma zona de transição oceano-continente (OCTZ). Uma idade isocrônica Sm- Nd combinada (SRC + Quatipuru + Morro do Agostino) de 919±53 Ma (MSWD=1.03) permitiu inferir que a oceanização deve ter ocorrido logo após o rifteamento de 1.0 Ga. A SRC com 919 Ma, representaria o início da oceanização da Bacia Araguaia.