Tesis
Caracterização da assinatura da mineralização polimetálica do greenstone belts de Faina (GO)
Fecha
2022-01-05Registro en:
ALMEIDA, Fernando Rossi. Caracterização da assinatura da mineralização polimetálica do greenstone belts de Faina (GO). 2021. 87 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Autor
Almeida, Fernando Rossi
Institución
Resumen
Essa dissertação de mestrado apresenta os resultados da investigação do sistema
mineral polimetálico Tinteiro mapeado no greenstone belt de Faina, que é associado à
estruturas rúpteis que cortam as unidades litológicas e a mineralização aurífera, de idade
estimada paleoproterozoica. A mineralização polimetálica é caracterizada por brechas
manganesíferas/ferruginosas com teores anômalos de metais de base, tais quais Ag, Co,
Cu, Ni, Ba, Mo, As, Pb, U, Fe, Mn e LREE. O footprint da mineralização é marcado por
uma alteração hidrotermal hematítica mapeada em várias escalas, ora como vênulas
milimétricas, ora presente nos contatos litológicos entre as unidades. Os resultados
obtidos nesta dissertação permitiram definir o ambiente mineralizado através da análises
de amostras de testemunhos de sondagem que interceptam este sistema. A análise
petrográfica e de difratometria de raios-x das brechas indica uma assembleia mineral
composta por quartzo, muscovita, hematita, goethita, psilomelano, romanechita e
hollandita, e calcopirita. Nas porções onde a alteração hematítica é mais intensa, observa-
se quartzo, muscovita, hematita, goethita, clinocloro, corrensita e caulinita. O
mapeamento espectral das brechas demonstra que os minerais dos grupos dos óxidos e
hidróxidos de ferro possuem composição intermediária entre goethita e hematita, e
também que os de minerais do grupo das micas brancastêm sua composição intermediária
entre muscovita e fengita, essas apresentando alto grau de cristalinidade. Os resultados
de geoquímica de rocha total indicam valores anômalos de até 9% de Fe2O3, 13% de
MnO, 2.790 ppm de Co, 10.000 ppm de Ba, 1.890 ppm de Cu e 1.460 ppm de Ni. Os
elementos Zn e As demonstraram ser vetores de identificação da alteração hematítica
proximal como pathfinders do sistema. A integração dos multiparâmetros coletados
permitiu a caracterização do footprint da zona distal do sistema, que é caracterizada por
alta susceptibilidade magnética (valor médio de 4,23 x 10-3 SI), abundancia de clorita e
carbonato superior a 0,1%, teores superiores a 5% de MgO, Cao, P2O5 e Na2O e pouca
incidência de estruturas rúpteis. O footprint do halo proximal do sistema evidencia uma
queda nos valores de densidade natural e susceptibilidade magnética das rochas no
sentido da mineralização. A composição dos minerais do grupo dos óxidos e hidróxidos
de ferro é de hematita e a cristalinidade dos minerais membros do grupo das micas brancas
atinge valores superiores a 10. E quanto maior a proximidade da porção mineralizada,
maior a intensidade de feições de venulações e fraturas. O footprint da zona mineralizada
é caracterizado por queda da abundancia de minerais do grupo dos óxidos e hidróxidos
de ferro (menor que 0,22), queda nos valores da densidade da rocha, mas altos valores de
densidade absoluta e a susceptibilidade magnética aumenta em relação às zonas
proximais (média de 0,542 x 10-3 SI).