Tesis
Comportamento de estrada não pavimentada reforçada com geossintético sobre subleito com bolsão compressível
Fecha
2019-04-02Registro en:
SILVA, Tamyres Karla da. Comportamento de estrada não pavimentada reforçada com geossintético sobre subleito com bolsão compressível. 2018. xviii, 83 f., il. Dissertação (Mestrado em Geotecnia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Autor
Silva, Tamyres Karla da
Institución
Resumen
Os geossintéticos vêm se destacando como soluções para aumentar a vida útil de estradas não pavimentadas, sendo uma alternativa de execução mais prática e rápida, podendo ser mais vantajosa que as soluções convencionais. Além dos problemas que frequentemente afetam o desempenho de estradas não pavimentadas, destaca-se a presença de bolsões compressíveis ou cavidades no subleito. Estes bolsões levam a rupturas localizadas, provocando recalques diferenciais da via e acelerando sua degradação. Neste contexto, esta pesquisa teve como objetivo avaliar o desempenho de estradas não pavimentadas reforçadas com geossintético sobre subleito com bolsão compressível, por meio de ensaios de carregamentos cíclicos em equipamento de grandes dimensões. Foram ensaiadas três configurações de estradas não pavimentadas, a saber, sem bolsão e sem reforço; com bolsão e sem reforço e; com bolsão e com reforço. Foram escolhidas três geogrelhas com propriedades mecânicas semelhantes e características geométricas distintas. Para simular os bolsões compressíveis nos diâmetros de 14 cm, 18 cm e 23 cm, foi empregada uma espuma cilíndrica com 10 cm de altura. A espuma foi posicionada no subleito no eixo de aplicação do carregamento e o reforço geossintético entre as camadas de subleito e aterro, ou seja, imediatamente acima do bolsão compressível. Os critérios adotados para o término dos ensaios foram o afundamento de 75 mm da placa de carregamento ou 270.000 ciclos aplicações de carga. O desempenho dos reforços e a influência dos diferentes diâmetros do bolsão compressível puderam ser avaliados pela comparação dos resultados obtidos em termos de tensões totais transferidas ao subleito, deslocamentos superficiais e fatores de eficiência. Para os ensaios não reforçados, verificou-se que a presença do bolsão de 14 cm de diâmetro pouco afetou no desempenho da estrada simulada. Já a presença dos bolsões de 18 cm e 23 cm de diâmetro provocaram uma redução de até 99,5% no número de ciclos de cargas suportados pela estrada. Nos ensaios reforçados, pôde-se obter uma relação entre o comportamento mecânico da estrada e a abertura da malha das geogrelhas, em função da influência dos diferentes diâmetros adotados para os bolsões. De modo geral, o emprego das geogrelhas levou a resultados satisfatórios, reduzindo o nível de deformações superficiais na via ou elevando o número de repetições de carga suportados pela estrada, o que, para condições reais de campo, resulta num aumento na vida útil da estrada.