Tesis
Regime de umidade em um substrato revegetado com lodo de esgoto no Distrito Federal
Fecha
2019-09-16Registro en:
LIMA, Thyego Pery Monteiro de. Regime de umidade em um substrato revegetado com lodo de esgoto no Distrito Federal. 2019. 97 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais)—Universidade de Brasília, Planaltina, 2019.
Autor
Lima, Thyego Pery Monteiro de
Institución
Resumen
O levantamento de áreas mineradas no Distrito Federal (DF) revelou a existência
de 2.630 hectares explorados pela mineração e desprovidos de cobertura vegetal
em 2015. A recuperação dessas áreas geralmente envolve a incorporação de uma
fonte de matéria orgânica e nutrientes aos substratos minerados para reconstrução
de um ambiente edáfico capaz de proporcionar o crescimento de plantas. No DF, o
lodo de esgoto é utilizado nesse processo. Porém, as consequências dessa prática
não estão totalmente compreendidas. Estudos constataram que substratos
revegetados com lodo de esgoto no DF acumulam carbono orgânico ao longo do
tempo, resultando em teores duas vezes mais altos em relação aos medidos em
solos sob florestas na mesma região. Menos de 35% desse carbono orgânico nos
substratos revegetados eram originários do lodo de esgoto inicialmente
incorporado. A saturação por água por longos períodos é um dos fatores que pode
explicar esse fenômeno. Nesse sentido, é necessário compreender o regime de
umidade em substratos revegetados no Cerrado e, principalmente, entender se o
comportamento da umidade favorece o acúmulo de carbono orgânico nesses
materiais. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo verificar se o regime
de umidade de um substrato de mineração revegetado com lodo de esgoto no
Distrito Federal apresenta requisitos para proporcionar o acúmulo de carbono
orgânico. Para isso, realizou-se a caracterização de um substrato minerado
exposto, um substrato revegetado com lodo de esgoto e um solo sob Cerrado strictu
sensu. Foram mensuradas as seguintes variáveis: densidade aparente,
granulometria, condutividade hidráulica na saturação, teor de água à capacidade
de campo e ponto de murcha permanente, porosidade total, microporosidade,
macroporosidade e resistência mecânica à penetração. Posteriormente,
determinou-se o teor de água desses materiais ao longo da estação chuvosa de
2017/2018 e a tensão com que a água estava retida. Foi constatado que o substrato
subsuperficial, o substrato revegetado e o solo sob Cerrado apresentam
comportamentos distintos quanto à umidade. Ficou evidenciado que o substrato
subsuperficial, localizado abaixo do substrato revegetado está submetido a um
regime prolongado de alta umidade e apresenta condições que favorecem o
acúmulo de carbono