Tesis
Viabilidade técnica e econômica do cultivo consorciado de hortaliças para a agricultura familiar
Fecha
2017-08-03Registro en:
SILVA, Cláudio Augusto Rodrigues da. Viabilidade técnica e econômica do cultivo consorciado de hortaliças para a agricultura familiar. 2017. xxi, 132 f., il. Tese (Doutorado em Agronomia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
Autor
Silva, Cláudio Augusto Rodrigues da
Institución
Resumen
Este trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho agroeconômico das culturas do repolho, alface e rabanete em monocultivo e em arranjos de consórcios duplos e triplo, bem como avaliar as culturas em modelos de produção agrícola desenhados para a agricultura familiar. Os experimentos foram realizados na Fazenda Água Limpa-UnB de agosto de 2013 a dezembro de 2016. O delineamento foi blocos ao acaso, com seis tratamentos em quatro repetições, em 2013 e 2014, sendo eles: monoculturas de repolho e rabanete; consórcios duplos de repolho com uma linha de rabanete, repolho com duas linhas de rabanete, repolho com três linhas de rabanete e repolho com quatro linhas de rabanete. Determinada a densidade ideal da cultura do rabanete, como companheira da cultura do repolho, adicionou-se ao modelo a cultura da alface, em 2015 e 2016, e avaliou-se o desempenho dos arranjos de consórcio em sete tratamentos e quatro repetições, sendo eles: monoculturas de repolho, alface e rabanete; consórcios duplos de repolho com alface, repolho com rabanete, alface com rabanete e consórcio triplo de repolho, alface e rabanete. Foram observadas a produtividade e os aspectos agroeconômicos dos produtos, bem como a infestação de pragas e viabilidade econômica dos arranjos em consórcio propostos. No biênio 2015/2016 não houve diferença significativa na produtividade das culturas entre os tratamentos avaliados e todos os arranjos de consórcio apresentaram Índice de Equivalência de Área maior ou igual a 1. Todos os arranjos de consórcio avaliados apresentaram Índice de Lucratividade (IL) acima de 60% sendo que, em 2016 o arranjo de consórcio triplo apresentou IL de 77,34% com taxa de retorno de 4,41. Em todos os casos, os produtos obtidos apresentaram padrão de qualidade superior ao mínimo demandado pelo mercado. Foram realizadas apenas duas capinas ao longo dos 90 dias do ciclo do repolho em todos os tratamentos. Não houve redução significativa na massa fresca de plantas espontâneas entre os tratamentos embora, de maneira geral, observou-se uma redução nos arranjos de consórcio onde esteve presente a cultura do rabanete, o mesmo ocorrendo para a incidência de danos causados pela traça-das-crucíferas na cultura do repolho sendo que, em 2015, essa diferença foi significativa. Vale ressaltar que não houve efeito negativo da praga na aparência do repolho em nenhum dos tratamentos.