Tesis
Fluxos de óxido nitroso, N mineral e frações de carbono no solo cultivado com milho em sucessão a plantas de cobertura
Fecha
2020-07-06Registro en:
SILVA, Vivian Galdino da. Fluxos de óxido nitroso, N mineral e frações de carbono no solo cultivado com milho em sucessão a plantas de cobertura. 2020. 123 f., il. Tese (Doutorado em Agronomia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Autor
Silva, Vivian Galdino da
Institución
Resumen
O presente trabalho teve como objetivo estudar os fluxos de óxido nitroso e a dinâmica de N no solo
cultivado com milho, com e sem fertilização nitrogenada, em sucessão a plantas de cobertura, em
sistema plantio direto no Cerrado e suas associações com as frações de carbono e nitrogênio no solo.
O experimento foi conduzido na Embrapa Cerrados, Planaltina, DF (Brasil). O delineamento
experimental foi em blocos ao acaso e em parcelas subdivididas com três repetições. As plantas de
cobertura representaram as parcelas, e a aplicação de N em cobertura no milho, as subparcelas. As
seguintes espécies de plantas de cobertura foram cultivadas em sucessão ao milho (híbrido
30F53VYHR): guandu 'BRS mandarim' [Cajanus cajan (L.) Millsp]; crotalária juncea (Crotalaria juncea
L.); nabo-forrageiro (Raphanus sativus L.) e mucuna-preta (Mucuna aterrima Merr.). Fluxos de óxido
nitroso foram medidos durante a safra do milho, entre Novembro de 2015 a Março de 2016. , Após a
colheita do milho foram coletados os resíduos culturais na superfície do solo e, após a colheita das
plantas de cobertura foram retiradas amostras de solo nas profundidades de 0-10 e 10-20 m.
Amostragens do solo para análises das concentrações de N mineral foram realizadas em abril de 2016
(final do ciclo do milho, final do período chuvoso) e em novembro de 2016 (antes do plantio do milho,
início do período chuvoso). As parcelas cultivadas com milho e aplicações de N em cobertura
resultaram nos maiores valores médios de fluxos de N-N2O no solo, durante o ciclo do milho. Os
maiores valores de fluxos de N-N2O no solo foram verificados após a segunda adubação no milho
cultivado em sucessão ao nabo-forrageiro (174,12 μg N-N2O m-2 h
-1
) e crotalária-juncea (153,30 μg N-
N2O m-2 h
-1
). A produção de matéria seca (2161 kg ha-1
) e decomposição de resíduos vegetais podem
explicar o maior acúmulo de N-N2O (0,78 kg ha-1
) a partir de fevereiro de 2016 no solo cultivado com
milho em sucessão ao guandu com aplicação de N em cobertura. A forma predominante de N-mineral
no solo foi o nitrato. Independente do manejo com ou sem N, o início das chuvas em novembro
representa o período com os maiores teores de nitrato e amônio no solo, possivelmente devido à
atividade dos microrganismos nitrificantes que permaneceram inertes durante o longo período de seca.
Entre as espécies estudadas, a mucuna-preta resultou na concentração de N-mineral mais elevada no
solo. As plantas de cobertura alteraram as frações químicas e físicas de carbono no solo,
principalmente o ácido fúlvico (AF) e o carbono orgânico particulado do solo. A adição de N em
cobertura diminuiu os teores de ácido fúlvico no solo e aumentou a razão ácido húmico/ácido fúlvico
(AH/AF), além da fração de carbono orgânico particulado na camada, principalmente na 10-20 cm do
solo.