Tesis
O holocausto como expressão do mal : literatura testemunhal e representação literária
Fecha
2019-05-08Registro en:
MENESES, Fatima Rejane de. O holocausto como expressão do mal: literatura testemunhal e representação literária. 2018. 379 f., il. Tese (Doutorado em Literatura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Autor
Meneses, Fatima Rejane de
Institución
Resumen
Esta tese trata da temática do holocausto como expressão do mal sob o ponto de vista da literatura testemunhal e da memória, por meio da leitura e da análise das obras É isto um homem? e A trégua, de Primo Levi; A vida e a luta de uma sobrevivente do holocausto, de Sabina Kustin; Rumo à vida, de Olga Papadopol; Quero viver: memórias de um ex-morto, de Joseph Nichthauser; e Paisagens da metrópole da morte, de Otto Dov Kulka. Como recursos metodológicos foram utilizados conceitos e estudos de autores como Paul Ricoeur (memória e esquecimento); Beatriz Sarlo (tempo e memória); Márcio Seligmann-Silva (literatura de teor testemunhal); Georges Bataille e Rüdiger Safranski (sobre o “mal”); Sigmund Freud e Jacques Lacan (o inconsciente, o real, o imaginário; o trauma e o luto); Theodor Adorno (sobre o holocausto e as consequências da guerra); Hannah Arendt (sobre os direitos do homem e sua análise sobre o holocausto) e Walter Benjamin, entre outros. Os autores das obras que compõem o corpus literário levam para seus escritos as marcas do nazismo – época em que o mal e a destruição imperaram de forma significativa e singular. Os relatos sobre o holocausto reconstroem a imagem que se tem desse fato histórico e sua repercussão no mundo. O holocausto judeu é um tema que não se esgota em razão de sua dimensão e complexidade e envolve diversas áreas do conhecimento: literatura, direito, jornalismo, filosofia, ética, sociologia, psicologia, tendo a literatura um papel primordial na divulgação dos fatos históricos por meio do testemunho. Cabe à Academia recuperar esse papel. Nesta tese, percebemos que o homem é capaz de praticar o mal levado por vários fatores e de ultrapassar todos os limites quando seu objetivo é poder e riqueza. Ler e divulgar esses testemunhos é uma forma de cultivar essa memória e mostrar que Auschwitz não pode ser apagado, esquecido.