Tesis
A construção da autonomia na sala de aula de línguas : uma análise das crenças, ações e reflexões de uma professora de inglês (LE)
Fecha
2018-10-29Registro en:
AQUINO, Denise Alves Nunes de. PraticaA construção da autonomia na sala de aula de línguas: uma análise das crenças, ações e reflexões de uma professora de inglês (LE). 2018. xiv, 148 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Autor
Aquino, Denise Alves Nunes de
Institución
Resumen
Esta pesquisa investiga as crenças e ações de uma professora de língua estrangeira (inglês) referentes à autonomia na aprendizagem de línguas com base, principalmente, em Barcelos (2001, 2003, 2004, 2006, 2010); Barcelos; Abrahão (2006); Barcelos; Kalaja (2003); Borg (2003); Phipps; Borg (2009); Johnson (1994); Kalaja (1995); Marchesan et al (2015); Mota (2011); Mukai (2014); Pajares (1992) e Silva (2010). Para a discussão sobre autonomia, Benson (2001, 2017); Benson; Huang (2008); Dickinson (1987, 1992, 1993); Miccoli (2005); Moura Filho (2005, 2009); Nicolaides (2003, 2010, 2017); Nicolaides; Fernandes (2003); Oxford (2003); Thanasoulas (2000); Vieira (2009); dentre outros. Nesta análise, buscou-se estabelecer uma relação entre crenças e ações da professora participante de modo a identificar consonâncias e divergências envolvidas nessa dinâmica. A pesquisa se define em um estudo de caso interpretativista de natureza qualitativa, desenvolvido conforme a Abordagem Metodológica Contextual para o estudo de crenças. Os instrumentos utilizados para a coleta dos dados, realizada em uma classe de nível avançado de um Centro Interescolar de Línguas do Distrito Federal, resumem-se em observações de aulas com notas de campo, entrevistas semiestruturadas e narrativas escritas. Os resultados sugerem que tanto as crenças tiveram influência na ação da professora, quanto suas ações e reflexões influenciaram e ressignificaram suas crenças. Na análise da relação crença-ação, foram identificadas consonâncias e discrepâncias. Os dados indicaram que, embora a participante acreditasse não agir diretamente para desenvolver a autonomia em seus alunos durante suas aulas, suas ações revelaram diversos momentos favoráveis à aprendizagem autônoma. Constatou-se uma maior ocorrência de consonâncias do que discrepâncias, indicando que fatores contextuais contribuíram para que a prática pedagógica de nossa participante de pesquisa se harmonizasse com seu sistema de crenças centrais e periféricas; justificando, assim, uma maior ocorrência do número de convergências em relação ao número de discrepâncias. No caso das inconsistências identificadas, embora em menor número, as ações da professora estiveram mais fortemente influenciadas por suas crenças centrais, que se caracterizam pela maior resistência a mudanças.