Tesis
Comunidades que sustentam a agricultura no Distrito Federal : histórico, caracterização e impactos
Fecha
2020-07-02Registro en:
SOUSA JUNIOR, Edimar dos Santos de. Comunidades que sustentam a agricultura no Distrito Federal: histórico, caracterização e impactos. 2020. 139 f., il. Dissertação (Mestrado em Agronegócios)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Autor
Sousa Junior, Edimar dos Santos de
Institución
Resumen
As Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA) representam novos arranjos na relação produtor e sociedade que ultrapassam a lógica de mercado, espelhando anseios de consumidores e produtores que buscam por uma forma mais humana e holística de tratar a produção e o consumo de alimentos. Informações sobre a história e evolução das CSA’s no Brasil são escassas. Esta pesquisa tem como objetivo apresentar o histórico e a caracterização das Comunidades que Sustentam a Agricultura no Distrito Federal, com foco na percepção de seus atores, os agricultores e co-agricultores, sobre CSA, seus impactos econômicos, sociais e ambientais. Tratase de uma pesquisa aplicada de caráter qualitativo e de natureza exploratória. A amostra compreendeu os agricultores e co-agricultores que fazem parte de CSA’s no Distrito Federal. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas com o apoio de roteiro semiestruturado, composto por seis dimensões: Estrutura Organizacional, Cultura de organização do trabalho, Comunicação, Socioambiental, Logística e Econômica, utilizando-se a técnica de análise de conteúdo, com auxílio do software IRaMuTeQ. Das 22 CSA’s do Distrito Federal, 14 se fizeram representar na pesquisa, juntamente com 34 co-agricultores. Como resultados mais relevantes, destacam-se:
para agricultores – segurança, planejamento, estabilidade e independência financeira da atividade; adoção de métodos de cultivo orgânicos; aumento na qualidade e diversidade de produtos; melhoria na qualidade de vida; reconhecimento e valorização do trabalho rural; capacitação e adoção de práticas preservacionistas. Para os coagricultores – pertencimento e aumento da consciência social e ambiental; aumento da atenção à saúde; conhecimento de novos produtos agrícolas e novos usos; redução do desperdício; empatia e racionalidade. A motivação para fazer parte de uma CSA não é econômica e está calçada no consumo de produtos orgânicos, melhorias na saúde, participação nas práticas culturais e o estímulo à produção e consumo locais. Para a sociedade, esse novo arranjo de produção e distribuição de
alimentos se apresenta como positivo em diversos aspectos, principalmente, pelo aumento da consciência ambiental, valorização da atividade rural e consumo consciente.