Tesis
Cidades médias : o potencial de biodiversidade e o acesso humano à natureza
Fecha
2020-04-20Registro en:
REGO, Gabriel Salles Maria de Macedo. Cidades médias: o potencial de biodiversidade e o acesso humano à natureza. 2019. 341 f., il. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Autor
Rego, Gabriel Salles Maria de Macedo
Institución
Resumen
Em caráter exploratório, a tese examina a relação cidade e meio ambiente, partindo do pressuposto que o urbanismo contemporâneo e a sustentabilidade do meio ambiente urbano não dialogam (Franco, 2001). Discutem-se aspectos de biodiversidade urbana, serviços ecossistêmicos culturais, desenho urbano e biofilia, tendo as cidades médias brasileiras como base de estudo. A metodologia está estruturada em três seções: (a) reflexão teórica da literatura concernente ao tema; (b) categorização das cidades médias pelo potencial de biodiversidade; e (c) análise espacial dos serviços ecossistêmicos culturais (SEC) para verificação do acesso humano. Busca-se identificar, a partir da abordagem desenvolvida, o potencial de biodiversidade nas cidades médias brasileiras por meio do acesso humano à natureza, para a amostra de 21 estudos de caso. É interesse responder a duas questões de pesquisa: (1) é possível relacionar serviços ecossistêmicos culturais e desenho urbanos no que diz respeito à preservação? (2) e em que medida as cidades médias brasileiras promovem acesso humano à natureza e à biofilia, o que permitiria qualificá-las como mais sustentáveis? Os resultados apontam que os assentamentos investigados apresentam potencial alto a médio de biodiversidade e níveis satisfatórios de acesso aos serviços ecossistêmicos culturais que traduzem o acesso à natureza. Não se pode asseverar, porém, que as cidades médias são de todo mais sustentáveis, mas não se mostra improcedente afirmar que a natureza, por meio dos serviços ecossistêmicos, se faz bastante presente nestes assentamentos. Entende-se que os resultados obtidos se alinham à literatura existente (Cardoso, 2011; Uchyama et al., 2015 e Raudsepp & Peterson, 2016), o que consolida a estratégia de investigação e contribui com futuras pesquisas relacionadas aos serviços ecossistêmicos, em especifico aqueles de natureza cultural.