Tesis
O impacto das despesas previdenciárias dos servidores das Universidades Públicas brasileiras
Fecha
2020-06-30Registro en:
COSTA, Viviane Alves. O impacto das despesas previdenciárias dos servidores das Universidades Públicas brasileiras. 2019. 68 f. Dissertação (Mestrado em Economia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Autor
Costa, Viviane Alves
Institución
Resumen
O déficit previdenciário segue em trajetória de crescimento. Em 2018 o déficit foi
de R$ 195,2 bilhões. Em análise dos dados sobre o déficit da previdência em
2017, observa-se parcela significativa de benefícios aos servidores públicos e
militares. Do total do déficit de R$ 370 bilhões em 2017, os servidores da União,
Estados, Municípios e os militares representaram 85% do total, conforme
estudos de Paulo Sérgio Tafner e Pedro Fernando De Almeida Nery. Na
Administração Pública Federal, umas das maiores despesas é com pessoal,
insere-se nessa conta, a aposentadoria e pensões dos Servidores Públicos
Federais. Os orçamentos e o financiamento das Universidades Federais
voltaram a pauta nacional. A educação superior de qualidade é dispendiosa ao
estado e propostas de redução de gastos, o aumento da eficiência, tem sido
apresentada nesse debate. Insere nos gastos da Universidades, as despesas
com pessoal, e estas englobam as aposentadorias e pensões, gastos com pouca
margem para sensíveis reduções a curto prazo. De acordo com dados dos
orçamentos das Universidades Federais, aproximadamente 85% das despesas
de custeio são destinadas ao pagamento de pessoal (servidores docentes e
técnicos – ativos, inativos e pensionistas), características comuns destas
Instituições de Ensino. Portanto, considerar o peso das despesas previdenciárias
no computo total das despesas com pessoal, traz à luz o impacto das
aposentadorias e pensões nos orçamentos das Universidades, foco do presente
estudo. Nesse contexto, pretende-se com o presente estudo demonstrar o peso
dos gastos com as aposentadorias e pensões dos servidores públicos do
executivo concedidas no âmbito das Universidades Federais. A análise se deu
sobre o gasto com pessoal nos últimos 10 anos. Os dados foram extraídos do
SIAFI, analisados por meio da estatística descritiva com suporte do software livre
R. Observa-se tendência de crescimento da proporção dos gastos com inativos
em relação as despesas totais de pessoal, representando 35% dos gastos de
pessoal das Universidades Federais brasileiras. No conjunto das seis maiores
Universidades Federais, essa proporção ainda é maior, alcançando patamares
acima de 42%, com exceção da Universidade de Brasília.