Tesis
Ambientes virtuais de aprendizagem no ensino remoto : trabalhando funções orgânicas com o auxílio do Google Classroom
Fecha
2021-06-01Registro en:
SILVA, Cecília Deolindo da. Ambientes virtuais de aprendizagem no ensino remoto: trabalhando funções orgânicas com o auxílio do Google Classroom. 2021. 170 f., il. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Autor
Silva, Cecília Deolindo da
Institución
Resumen
Os estudantes da atualidade, nativos digitais, possuem acesso a uma gama de informações de forma instantânea, devido às tecnologias da informação e comunicação (TIC) e ao advento da internet. O acesso à informação e ao conhecimento não tem mais a escola como seu centro, exigindo do professor uma mudança de conduta para se adaptar a essa nova realidade e fazer com que o ensino-aprendizado no ambiente escolar ocorra de forma prazerosa e significativa, tendo o aluno como sujeito ativo.
Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) são espaços muito utilizados pelas instituições educacionais, pois unem a tecnologia às informações e ao conhecimento, permitindo a integração dos conteúdos com a realidade e com atividades de aprendizagem que promovam a colaboração entre os participantes. Os AVA se tornaram plataformas praticamente obrigatórias no Ensino Remoto Emergencial (ERE), devido à pandemia de Covid-19 e a paralisação das atividades educacionais presenciais em todo o país.
Este trabalho apresentou uma sequência didática sobre funções orgânicas, a partir da temática “Fontes de energia e combustíveis” no Google Classroom (sala virtual de aprendizagem) por meio de ferramentas colaborativas desse AVA, para investigar a interação dos alunos com essa ferramenta e possibilitar a compreensão dos conteúdos de funções orgânicas.
Os resultados mostraram que os discentes tiveram sua rotina de estudos severamente impactada pelo ensino remoto, o que exigiu uma maturidade e autonomia que ainda não estavam totalmente prontos para exercerem.
Também foi observado que os estudantes não apresentaram dificuldades na utilização da sala virtual e de seus recursos. Mesmo assim, não houve muita interação com os professores e com os colegas por meio desse ambiente; quando era necessária a interação, ela geralmente ocorria por outros meios de comunicação, devido à falta de um espaço de comunicação mais acessível dentro do AVA, e pelo escasso retorno dos professores às indagações realizadas na sala virtual.
Sobre a sequência didática e sua forma de abordagem, foi uma experiência inédita para os discentes estudar conteúdos por meio de temas geradores e bastante elogiada, o que permitiu aos estudantes perceber a Química inserida em
seu cotidiano, especificamente o conteúdo estudado. As atividades propostas também foram enaltecidas pelos aprendentes, que relataram boas experiências com a realização dos trabalhos em grupo e com a atividade lúdica desenvolvida.
De forma inesperada, os alunos compreenderam pouco do conteúdo de Química, uma vez que conseguiram fazer reflexões interessantes sobre a contextualização realizada. Algumas dificuldades identificadas foram provenientes de defasagem de aprendizagem de conteúdos de matemática e de interpretação de texto. O pouco tempo disponibilizado para a disciplina dificultou a realização de atividades de fixação, e a falta de uma rotina de estudo extraclasse também atrapalhou a apreensão dos conteúdos.
Contudo, perceberam a ciência e a tecnologia inseridas em suas realidades e a importância de se estudar os conteúdos apresentados. Alguns extrapolaram os tópicos discutidos nas aulas; fizeram reflexões mais aprofundadas e procuraram por conta própria respostas para suas indagações, que transpunham os conteúdos químicos, adentrando em reflexões de cunho econômico, social e tecnológico.